É 50% mais silenciosa e 90% mais económica que as suas congéneres a motor de combustão. Trata-se da varredoura elétrica Tenax 2.0, a primeira do género em Portugal, que, a partir de agora passa a operar em Cascais, através da empresa municipal Cascais Ambiente. Dentro de dois meses chega a segunda unidade e, logo que o mercado inove, Cascais quer apostar mais fortemente nos sopradores elétricos.
A apresentação da nova varredoura mecânica decorreu em plena Baía de Cascais, em frente à Câmara Municipal de Cascais. Notou-se claramente a redução do ruído, característica dos atuais equipamentos que está muitas vezes na base das críticas dos munícipes. “Não se consegue anular completamente o ruído, mas a sua redução é fundamental, até porque estas máquinas têm que trambalhar a horas muito sensíveis”, destacou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal, reforçando que as varredouras “são absolutamente fundamentais” porque, caso contrário, não é possível ter “um concelho suficientemente limpo”. Além disso, esta varredoura, por ser 100% elétrica não emite gases para a atmosfera, o que em comparação com as atuais varredoras a motor de combustão permite poupar a emissão de cerca de 1 tonelada de CO2 por ano.
Adquirida pela Cascais Ambiente no âmbito de uma candidatura ao Fundo Ambiental, para o qual o Estado disponibilizou cinco milhões de euros (três dos quais foram absorvidos por candidaturas de autarquias nacionais), a varredoura Tenax 2.0 foi publicamente apresentada na presença de Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente para quem “os municípios são parceiros indispensáveis para o sucesso da política de descarbonização da economia. Estes projetos, até pelo seu pioneirismo, são uma marca”, reconheceu ainda Carlos Martins, satisfeito com o exemplo de Cascais, município “já muito reconhecido pela projeção em termos de cultura, património e inovação. Desejamos que este projeto tenha o maior sucesso”, concluiu o secretário de Estado do Ambiente.
O próximo passo será o investimento em mais sopradores elétricos apoio indispensável no trabalho das varredouras, mas tudo depende o mercado e dos avanços tecnológicos. “Já temos oito unidades em funcionamento na Cascais Ambiente, mas como têm autonomia restrita não se nota bem. Assim que no mercado surjam novos produtos estaremos disponíveis e na linha da frente para os receber”, Luís Capão, administrador da Cascais Ambiente.