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Sílvia Araújo

Conhecida por utilizar a bicicleta como meio de transporte, é frequente vê-la passar pela baía de Cascais a caminho do trabalho ou no regresso a casa. Chama-se Sílvia Araújo, tem 33 anos, é natural de Lisboa e, se a natureza fosse sangue… corria-lhe nas veias.
Colaboradora no Departamento de Desporto da Câmara Municipal de Cascais (CMC), Sílvia revela os motivos que a levam a andar de bicicleta: “vivo perto do emprego, é uma questão ambiental e económica mas é, sobretudo, porque gosto!” Razões normais para qualquer pessoa que possa optar por se deslocar de bicicleta, mas que se tornam mais claras depois de saber que é federada em Orientação, pela Federação Portuguesa de Orientação. Uma modalidade desportiva que concilia competição e lazer, no contato com a natureza e que é praticada, em Portugal, nas disciplinas de Orientação Pedestre, Orientação em BTT, Corridas de Aventura e Trail Orienteering.
Sílvia Araújo nunca pensou em fazer triatlo porque prefere o ambiente de natureza ao urbano, a terra batida ao alcatrão e as bicicletas de BTT às de estrada. A paixão que nutre por atividades ao ar livre levaram-na, depois de um curso de auxiliar técnico de fisioterapia, a tirar a Licenciatura em Desporto – variante de Natureza e Turismo Ativo, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior. “Escolhi Desporto porque era mesmo o que queria, identificava-me com tudo o que a licenciatura podia proporcionar e porque, como fui escoteira, sempre gostei do contacto com a natureza.”
Fez trabalhos de altura realizados em “acesso por corda” e trabalhou na Desnível - Associação de Desportos de Aventura, em Cascais. Foi nesse mesmo emprego que se cruzou com Pedro Costa, atualmente seu chefe, que na altura comunicou a existência de vagas para estágios na CMC.
Entrou em 2007, como estagiária no Departamento de Desporto, e é lá que permanece com funções ligadas ao Associativismo Desportivo. O Guia de Desporto, a Gala de Desporto, a Feira de Desporto e o Sarau de Ginástica também têm o seu cunho. Garante que são os eventos que a satisfazem mais. “Gosto muito dessa área porque tem a fase de preparação e organização e, posteriormente, a parte prática com o acompanhamento do evento”.
Num duelo entre a natureza, que a preenche, e o trabalho de escritório, Sílvia confessa que por vezes se sente “enclausurada” dentro do escritório mas que isso faz parte das suas funções. “Faz parte do meu trabalho, tenho de cumprir. Depois do horário de trabalho tenho sempre o meu escape, as atividades ao ar livre, ou simplesmente o facto de me deslocar de bicicleta sempre junto ao mar.”
(Perfil colaborador in C - Boletim Municipal, nº 6, Janeiro 2012)