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Alexandre Rippol
Cascais acaba de ser reconhecida como a primeira Capital Portuguesa de Voluntariado (ver aqui), título que irá usar durante todo o ano de 2024. Uma distinção carregada de responsabilidade, num município onde ao logo do ano, cerca de 18.000 pessoas dão de si para ajudar os outros em diversas áreas. É um orgulho exibir o título, mas um orgulho ainda maior, saber que podemos contar com tantas pessoas, no papel de voluntários e voluntárias, mas também na gestão de múltiplas entidades sem fins lucrativos que, no terreno, ajudam a colmatar necessidades, proporcionando maior qualidade de vida e tornando a nossa comunidade mais coesa e inclusiva. É o caso de Alexandre Rippol.
Nasceu no Brasil, foi escoteiro, animador de crianças e jovens. Vive em Portugal há mais de 40 anos e por cá regressou às atividades escotistas e foi formador de adultos. Entretanto, trabalhou no Centro Social do Pisão, onde continuou após a reforma como voluntário. Tem investido o seu tempo nos equipamentos culturais de Cascais, contribuído para que mais pessoas possam ter acesso aos documentos existentes.
O que significa ser voluntário?
A primeira vez soube do conceito do voluntariado foi numa associação juvenil, à qual eu pertencia quando era miúdo. Tínhamos lá um orientador adulto, do qual todos os miúdos gostavam, e eu, na minha inocência infantil, perguntei-lhe: “Quanto é que tu ganhas para nos aturar?”, e ele disse: “Eu não ganho nada, sou voluntário!”. Como miúdo, estranhei o facto de ele dizer que encontrava riqueza no gratuito. Ele, adivinhando o meu pensamento disse: “Não vais perceber agora, mas quando fores adulto vais perceber”. O tempo passou e eu, jovem adulto, fiz o meu primeiro curso para ser voluntário e orientador, em 1972. Entretanto, cheguei a Portugal em 1981 e durante vários anos continuei a minha ação como voluntário, junto a crianças e jovens.
E o voluntariado sénior, como surgiu?
Por volta de 2018, tomei conhecimento de que a Câmara Municipal de Cascais ia fazer voluntariado sénior. Fiz o curso e depois aceitei uma das várias propostas que recebi, na qual era suposto ficar seis meses e acabei por ficar quatro anos! Eu costumo dizer que há um fator mágico que nos impele a ajudar os outros: a motivação. Eu li nos olhos das primeiras pessoas que me contactaram por causa do voluntariado sénior, que elas estavam muito motivadas. Vendo isso, eu alinhei logo!
Qual o balanço que faz?
No voluntariado sénior o coração quer muita coisa, mas o corpo não está para aí virado. Portanto, eu já não posso fazer as atividades todas que queria e o meu contacto com os miúdos e jovens diminuiu bastante. Agora só faço coisas de adultos da minha idade (risos).
Alexandre Rippol deixou-lhe uma pontinha de curiosidade? Há muitos projetos em Cascais e a Câmara Municipal, no seu portal, dinamiza e partilha a informação. Todos podem fazer a diferença! Saiba mais informações AQUI