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Rafael Neto
Na sua experiência como voluntário, Rafael partilha agora com outros jovens, 13 anos de conhecimento e experiência na área do voluntariado jovem em Cascais. “Conheço todos os pormenores do funcionamento do programa Maré Viva, do Litoral e dos projetos de voluntariado”, conta. Atualmente, com 29 anos, este jovem cascalense é o coordenador geral do programa que todos os anos leva para as praias de Cascais 650 jovens voluntários. Enquanto estudante universitário de Serviço Social e Política Social, Rafael integrou outros projetos de voluntariado. Colaborou, durante seis meses, com uma ONG numa favela no Rio de Janeiro, onde pôs em prática os conhecimentos académicos e experiência adquirida como voluntário. Esta experiência consistiu na aplicação de um programa de inclusão digital em favelas e em comunidades de baixo rendimento. Foi com base neste programa que apresentou a sua tese de licenciatura. “Na europa as crianças já nascem com um computador nas mãos, mas nas favelas, essa não é a realidade”, diz. No Brasil, Rafael fez investigação para perceber o impacto que a exclusão digital tinha nas pessoas e na sua integração no mundo do trabalho. “A exclusão digital acaba por ser um entrave a obtenção de um emprego”, afirma.
Entre outras vertentes, o “Maré Viva inclui um programa de apoio a pessoas com mobilidade condicionada, totalmente gratuito, que proporciona a esses utentes usufruírem de banhos de mar. É feito por jovens voluntários com formação na área da saúde que estão a estudar fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional na Escola Superior de Medicina e Reabilitação de Alcoitão. “Também temos alunos de enfermagem e medicina que vêm até a nós para terem alguma experiência”, conta-nos Rafael.
O programa “Maré Viva” é conhecido por 90 por cento dos jovens em Cascais. Rafael diz que o “Programa Maré Viva permite aos participantes um primeiro contacto com o mundo do trabalho com responsabilidade, mas de uma forma pedagógica”.