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Paulo Leal
Nascido em 1963, Paulo Leal mudou-se para Cascais com um ano. Vinte anos depois, entra para a Câmara Municipal de Cascais para ocupar o lugar de cantoneiro, onde ficou durante um ano e três meses. E é com orgulho, que Paulo fala desta experiência. Sendo um operacional por natureza, sente que o seu começo lhe deu um modo-de-estar diferente.
“É dignificante fazer qualquer tarefa. Entrei como cantoneiro, estudei e tirei a minha licenciatura em Gestão do Ambiente e do Território, com pós-graduação em Sustentabilidade e Agenda Local 21, mas nada disso me impediu de ser quem sou e acho que só me deu conhecimento”. Quando surgiu uma oportunidade concorreu ao cargo de encarregado, passando depois para chefe de serviços. “Estive sempre ligado à área dos resíduos, mas com muita vontade de evoluir”.
E a evolução foi acontecendo aos poucos. O saber estava na “cabeça dos que tinham experiência e, os mais novos, aprendiam com os mais antigos. Hoje também assim é, mas existem ferramentas mais técnicas”. Os factos falam por si: a CMC foi a primeira autarquia do país que, em 1996, começou a recolher cortes de jardins com um braço mecânico. “Antes disso, o trabalho era feito por duas pessoas com forquilhas, e demoravam umas horas…”. Paulo Leal fez parte do grupo que embarcou na EMAC (Empresa Municipal de Ambiente de Cascais), quando esta começou a funcionar, em 2006. “Viemos implementar o que já se fazia na Câmara e foi um prazer fazer uma empresa de novo, com ideias que trazíamos e a experiência adquirida ao longo dos anos”. Mas o maior desafio foi proposto ao fim de um ano: “ Fui convidado para chefiar a direção operacional, que depois passou a técnica e operacional, o que para mim foi um grande orgulho… e, claro, sentia-me à vontade para o fazer”. Aí permanece até hoje.
Acima de tudo, e talvez da sua paixão pelo râguebi, Paulo Leal gosta de trabalhar em equipa e sempre com vontade de ir mais além. “Ainda há soluções para melhorar. Mas acredito que o cantoneiro, hoje em dia, é visto de outra maneira, pois deixou de ser alguém que não sabia fazer grande coisa, para hoje trabalhar com o PDA se necessário. Houve uma evolução qualitativa e quantitativa da função”.
O Diretor Técnico e Operacional da EMAC confessa ser um homem do fazer: “Temos novos projetos na manga, Um deles é uma viatura que recolhe e lava, quando necessário, o contentores de resíduos. E tudo de uma só vez. Hoje utilizamos dois veículos, um para recolher os resíduos e outro para lavar os contentores. Quando este equipamento estiver disponível é uma grande poupança nos custos de gasóleo ”. Paulo Leal diz que “prestar o melhor serviço e poupar recursos são os nossos grandes objetivos”. Fora dos escritórios da EMAC, o Diretor Técnico e Operacional, dedica tempo aos seus três filhos e espera que uma lesão esteja curada para voltar a campo com a equipa de veteranos de Râguebi do Dramático de Cascais. “É um escape e o meu grande hobby”, justifica.