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Paulo Jorge

A secção funcionava com apenas três funcionários. O volume de trabalho era menor. Quando tinha que transportar cadeiras, baias ou outros materiais para apoiar os eventos, bastava que a ordem lhe fosse transmitida verbalmente. Atualmente, com a quantidade de pedidos dos serviços camarários que chegam a atingir os 1600 por ano, funcionar daquela forma seria um verdadeiro caos. “Mesmo em termos do material de que dispomos, atualmente, não há comparação possível”, acrescenta. Paulo é desde há três anos o encarregado da secção. A promoção na carreira poderia ter acontecido mais cedo, mas faltavam-lhe habilitações para o cargo. E a esse respeito, Paulo lamenta ter feito “tábua rasa dos conselhos do pai em relação aos estudos”. Já casado e com uma filha, teve de ir estudar à noite para progredir profissionalmente.
Agora, que também é pai, o sucesso escolar da filha é uma das suas prioridades na vida. Por experiência própria sabe que quando se colocam os estudos em último lugar o futuro pode ficar seriamente comprometido. Confessa que nem sempre é fácil andar a carregar com materiais de um lado para o outro, por isso adotou um princípio: “Nunca digo, logo à partida, não é possível aceitar esse pedido. Há sempre uma solução quando se tem boa vontade”.
É verdade que em criança sonhava ir para a polícia judiciária, mas o facto de não ter conseguido concretizar esse sonho, não o impede de se sentir realizado no trabalho que atualmente desempenha. Na fábrica as tarefas eram rotineiras e de certa forma, até solitárias. As suas funções atuais implicam trabalhar em equipa, andar quase sempre no exterior e contactar com muitas pessoas, o que torna o trabalho mais estimulante. “Levanto-me sempre bem-disposto e com vontade de ir trabalhar. É com esse estado de espirito que entro todos os dias na secção. Na Câmara todos o conhecem por Paulo do NAL.
C - Boletim Municipal | 21 de novembro de 2013