Começou sua actividade em 1986. Hoje divide-se a nível profissional entre a direção de fotografia publicitária, que lhe ocupa a maior parte do tempo, e o cinema, de que é exemplo “Sei lá”, de Joaquim Leitão, “Florbela”, de Vicente Alves do Ó, “O Barão”, de Edgar Pera, entre outros. A poucos dias do arranque do Lisbon & Estoril Film Festival, o “C” foi saber quem é este munícipe para quem “Cascais é um dos melhores lugares do mundo”.
Tem o privilégio de morar numa casa centenária onde também já residiu o avô Branquinho da Fonseca, escritor e percussor das bibliotecas itinerantes criadas na Biblioteca Castro Guimarães em Cascais e continuada a nível nacional na Gulbenkian. “Tento fazer com que a memória do meu avô não desapareça e que se divulgue o exemplo do seu humanismo altruísta e da sua obra literária”. Nascido em Lisboa em 1965, Luís Branquinho veio definitivamente para Cascais aos 16 anos, depois de ter vivido em muitos países diferentes, facto que a profissão de diplomata do pai lhe proporcionou.
A vivência lá fora deu-lhe uma perspetiva mais tolerante em relação às pessoas e ao mundo. “Quando cheguei aqui senti que Portugal, de certa maneira, estava mais atrasado em algumas matérias que outros países e demorei algum tempo a apreciar as coisas boas de viver aqui em Cascais e em Portugal. Hoje em dia, depois de trabalhar em mais de 24 países, não vejo outro lugar no mundo que ofereça o que Cascais oferece. Quanto mais viajo, mais gosto de Cascais. A segurança e qualidade de vida, aliadas à beleza, boa energia e potencialidade de trabalho e lazer ao melhor nível fazem de Cascais um lugar único”.
Na sua agenda já tem reservados os dias 7 a 16 de novembro para acompanhar o Lisbon & Estoril Film Festival, organizado por Paulo Branco, que considera “dos melhores” que já viu até hoje. Acho o conteúdo fantástico, as escolhas dos filmes são sempre muito boas e abrangentes”. Para Luís Branquinho esta “é uma forma de por o Estoril no mapa cultural”, mas gostava, acima de tudo, de ver nascer em Cascais um local de cinema independente, que viesse aumentar a oferta de filmes alternativos aos mais comerciais, ampliando o horizonte cinematográfico aos residentes no concelho.