Está aqui
Leonor Gabriel Guedes da Silva
“O objetivo é perceber como é que “elas” fazem este trabalho”, partilha. Leonor nasceu em Lisboa. Foi para Cascais que a família se mudou tinha ela poucos meses de vida. Aqui estudou até que o percurso académico a levou “a viajar de comboio todos os dias” para Lisboa. Talvez, por isso, quando lhe pedimos que revele do que sente mais saudade, Leonor seja muito rápida: “Da vista magnífica a 360 graus - o mar, o rio e a serra”. Viver nos Países Baixos foi relativamente simples, sobretudo porque Leonor já sabia o que ia encontrar.
“A primeira vez que deixei Cascais foi durante o meu primeiro ano de mestrado quando participei no programa ERASMUS”, recorda. Nessa altura esteve um ano na Holanda, precisamente na universidade onde agora trabalha. Regressou a Portugal, mas por pouco tempo. Seguiu viagem para os Estados Unidos da América para realizar um estágio com a duração de seis meses e, logo depois, regressou a Delft. Viagens constantes que lhe permitiram desenvolver capacidades de organização e comunicação, “características muito fortes nos holandeses”, destaca.
Em termos profissionais está muito satisfeita com a oportunidade de trabalhar naquilo de que gosta “com condições excecionais, a uma distância razoável dos familiares e amigos”. E se a adaptação desta antiga “Marezinha” [participante no Maré Viva, programa municipal de voluntariado njovem] a Delft foi fácil, pois, “é uma cidade universitária, logo o ambiente é super jovem e amigável”, já as condições meteorológicas representam o verdadeiro desafio de estar longe de Cascais. “Os dias aqui são mais frios e cinzentos…” Também a comida é muito diferente, pelo que, se pudesse, Leonor transportava para Delft “um dos fantásticos restaurantes de comida típica portuguesa que existem em Cascais!” Isto porque o passadiço da duna da Cresmina, o centro da vila e a sua casa não cabem na mala!
Boletim C n.º52 31 de março de 2015