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Jonathan Coe escreve último livro em Cascais
O premiado autor de “O Coração de Inglaterra”, sobre o ‘Brexit’, esteve numa residência literária em Cascais durante dois meses, no âmbito do programa de Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I, coordenado por Filipa Melo. A estada teve como principal objetivo a escrita do próximo romance do autor.
“O Coração de Inglaterra”, considerado pelo Le Figaro de “romance magistral”, capaz de fornecer uma “radiografia do Reino Unido atual”, retrata a atual e difícil situação política vivida na Grã-Bretanha e evoca, numa prosa clara e muito divertida, os oito últimos e turbulentos anos da vida britânica e o seu reflexo na vida das personagens e dos que os rodeiam.
" O convite surgiu na altura perfeita. Estava a começar um livro, tinha escrito três páginas antes de aqui chegar. A primeira coisa que fiz mal cheguei a Cascais foi lê-las e deitá-las fora, rasgá-las e começar tudo de novo", referiu o escritor que não se coibiu de elogiar a sua estadia em Cascais: " O tempo é muito agradável, em comparação com o terrível outono de Inglaterra. Adorei a paisagem da costa de Cascais, ir até à praia do Guincho e à Duna da Crismina. Voltei a andar de bicicleta, coisa que não fazia há anos".
Depois do francês Olivier Rolin e do nova-iorquino Michael Cunningham, é a vez de Jonathan Coe, de 58 anos, autor de “A Vida Privada de Maxwell Sim”, residir e trabalhar em Cascais, numa altura em que acaba de lançar o seu mais recente romance. Igualmente programadas estão já as residências do romancista espanhol Javier Cercas e do cabo-verdiano Germano Almeida, vencedor do Prémio Camões 2018.