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Fernando Pereira

A presença de Marcos Chuva, do SLB, nos Campeonatos Mundiais de Atletismo em Daegu, já com os mínimos para os Jogos Olímpicos em Londres, levanta
questões importantes. Por exemplo, se o Desporto Escolar (DE) foi ou não decisivo na obtenção destes resultados. Sim! Não que os quadros competitivos estejam bem estruturados no DE e os apoios materiais existam. Foi, sim, a dinamização na Escola Salesiana de Manique (ESM) desde a criação do núcleo
de atletismo (1996) que levou a Direcção da ESM, com o apoio da Câmara de Cascais, a investir em infra-estruturas para a prática da modalidade. O envolvimento dos alunos, a participação em competições no âmbito concelhio, federado e provas internacionais do DE, tiveram importância decisiva na motivação e no adquirir das experiências fundamentais.
Marcos Chuva registou este feito excepcional depois de, em Julho, ter obtido a Medalha de Prata nos Campeonatos da Europa de Sub 23, mas há mais valores a destacar no seio do grupo: Marcos Caldeira, do SLB, que participou nas Universíadas na R.P da China, em Agosto; Rodrigo Dionísio, do GDE; Sténia Betuncal, Joana Vitorino, Teresa Carvalho, Cláudio Freixo, Solange Fernandes, do CASM - todos com vários títulos nacionais. Todos têm um papel importante na dinâmica
do grupo, para que o ambiente de trabalho seja o mais favorável possível. O atletismo é uma modalidade individual com características muito próprias. Tem
pouca visibilidade e exige bastantes sacrifícios. A perseverança e a confiança no trabalho têm sido determinantes nos êxitos alcançados. Os resultados positivos
que este projecto tem vindo a registar só têm sido possíveis graças aos apoios da Direcção da ESM, da Federação Portuguesa de Atletismo, da CMC e do Gabinete
do DE.
* Professor de Educação Física na Escola Salesiana de Manique e Treinador de Atletismo
(Opinião Desporto in C - Boletim Municipa, nº 2, Setembro 2011)