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Carlos Estibeira
Era ainda um adolescente com 14 anos quando se ofereceu como bombeiro voluntário em Cascais, atividade que continua a exercer até hoje com o espírito de missão de quem se sente realizado a trabalhar em prol da comunidade.
Carlos Estibeira nasceu há 38 anos no Estoril e até hoje, as suas opções da vida parecem conduzi-lo sempre para atividades ligadas ao bem comum. No início, quando foi para bombeiro atendia os telefones na central, acompanhava os colegas socorristas no transporte de doentes e ajudava também no combate aos fogos.
Hoje é Segundo Comandante. Explica que as suas idas ao quartel são muito frequentes, quase diárias, e que apesar de este cargo lhe ocupar muito tempo com assuntos burocráticos, não hesita em arregaçar as mangas e atuar como um operacional: “sempre que necessário volto a conduzir a ambulância ou faço qualquer outra tarefa”, avança com orgulho. Entretanto, trabalhou durante um ano, no Hospital de Cascais, como motorista de ambulâncias e mais tarde, ofereceu-se como voluntário para a Força Aérea.
Ao falar nesta fase da sua vida diz que, em parte, existiam semelhanças com as funções e o grau de disciplina que já tinha experimentado nos bombeiros. A meio desse contrato a autarquia abre um concurso para técnico profissional de secretariado, lugar ao qual concorreu e foi selecionado, tendo exercido estas funções durante uns anos.
Quando há 10 anos surgiu a oportunidade de ingressar no Gabinete de Proteção Civil da autarquia, não olhou para trás e aceitou o desafio que sabia que o faria feliz. Aqui, começa por participar em ações de levantamento de riscos, exercícios e planeamento de emergência nas escolas.
Ao falar no início do seu percurso nos bombeiros diz que muitas coisas mudaram, ao nível da qualidade da formação. “Há equipamentos didáticos que possibilitam uma melhor preparação dos operacionais. Noutros tempos, a sirene tinha que tocar muitas vezes a pedir auxílio aos voluntários. Hoje, cada corporação de bombeiros beneficia de protocolos celebrados com a autarquia que garantem condições mínimas para que durante o dia haja sempre grupos de primeiros socorros disponíveis”.
Quanto ao recrutamento de voluntários, acha que antigamente apareciam muitos mais, mas hoje, isso já não acontece “porque sabemos que a não ser um regulamento disciplinar muito rigoroso, boa camaradagem e a grande satisfação em fazermos o bem ao próximo, não temos muito mais para lhes oferecer.
Sobre a atribuição da Medalha de Serviços Distintos com a qual a autarquia decidiu distinguir o Serviço Municipal de Proteção Civil, Carlos Estibeira diz que esta constitui o reconhecimento público de todo o trabalho de uma equipa que está sempre disponível para prestar um serviço público de qualidade.
Ao olhar para trás, não se arrepende das suas opções: “Gosto de tudo o que envolve o planeamento de emergência e a resposta a dar face à eminência de uma ocorrência do género. Faço precisamente o que gosto.”
C - Boletim Municipal | 19 de julho de 2012