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Reunião de Câmara celebra reconhecimento histórico

Nesta terça-feira, o Salão Nobre dos Paços do Concelho de Cascais foi palco da 6.ª Reunião de 2025 do Executivo Municipal, onde se destacou a distinção do município como a próxima Capital Europeia da Democracia em 2026.
Este reconhecimento, de enorme prestígio a nível internacional, sublinha o compromisso de Cascais com os valores democráticos, a participação cívica e a inclusão de todos os cidadãos no processo de decisão política.
O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes, enfatizou a importância desta conquista, destacando que “este é um prémio que não é apenas o reflexo do nosso trabalho coletivo, mas também uma celebração daquilo que nos une enquanto sociedade: a convicção de que a democracia não é apenas um ideal, mas sim uma prática que deve ser realizada todos os dias”.
Sublinhou ainda que a distinção é um reconhecimento da forma como Cascais tem promovido uma democracia “mais inclusiva, mais participativa e mais transparente”.
Durante o seu discurso, destacou a resiliência necessária para fortalecer a democracia e os desafios enfrentados ao longo deste percurso, afirmando que “a democracia é resiliente e cada passo dado na sua consolidação reforça a nossa capacidade de superar dificuldades e construir uma cidade mais justa e equitativa”.
Nuno Piteira Lopes, salientou ainda que “embora este prémio seja um reconhecimento do nosso trabalho, deve ser também encarado como um compromisso renovado para continuar a fazer de Cascais um exemplo de democracia viva, dinâmica e plural”.
Concluiu agradecendo “a todos os que estiveram com a Câmara Municipal de Cascais nesta jornada, a todos os que acreditaram na nossa visão e a todos aqueles que, com as suas ações diárias, ajudam a fazer de Cascais um modelo de democracia na Europa”.
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, recordou que “Cascais já foi, em 2018, Capital Europeia da Juventude, no ano passado foi a primeira Capital Portuguesa do Voluntariado e agora tem a responsabilidade de ser a Capital Europeia da Democracia em 2026”.
Destacou que esta distinção “não é apenas um prémio, mas um desafio acrescido que traz mais trabalho, mais responsabilidade e uma missão clara de consolidar e promover os valores democráticos”.
Num momento de grande significado para a história do município, o Presidente da autarquia salientou que este reconhecimento é particularmente relevante num período em que "o mundo, a Europa e o próprio Portugal enfrentam desafios e ataques à democracia". Neste contexto, enfatizou que "a melhor forma de combater o populismo e o extremismo é fortalecer os princípios democráticos e reforçar a união entre os cidadãos".
O Presidente da autarquia, que se prepara para concluir 20 anos de serviço público na Câmara Municipal de Cascais, destacou o significado pessoal deste reconhecimento, afirmando que “receber esta distinção no ano em que deixarei as funções de Presidente de Câmara é um momento de grande valor, pois significa que não apenas preservei o património democrático do concelho, mas também contribuí para o seu crescimento”.
Reforçou ainda que este prémio “não é apenas do Presidente ou do Executivo Municipal, mas de todos os servidores públicos, técnicos, quadros e colaboradores da Câmara Municipal de Cascais, das Juntas de Freguesia e das Empresas Municipais”.
Sublinhou a importância de nunca dar a democracia como garantida, pois “assim que consideramos a democracia como um dado adquirido, começamos a perdê-la”.
Apontou que o grande desafio do município é garantir que “a democracia se mantenha ativa, vibrante e acessível a todos, num contexto de inclusão, respeito e participação cívica efetiva”.
Olhando para o futuro, o Presidente manifestou o compromisso da autarquia em fazer de Cascais "a melhor Capital Europeia da Democracia de sempre", tal como aconteceu com os anteriores títulos de Capital Europeia da Juventude e Capital do Voluntariado.
Deixou um apelo ao envolvimento de todos, afirmando que "mais do que um reconhecimento, este é um desafio que exige o empenho coletivo de toda a estrutura municipal para garantir que este legado perdure e se traduza em melhorias concretas para a qualidade de vida dos munícipes".
Por fim, referiu-se ao caráter inclusivo de Cascais, onde "mais de 80% das nacionalidades do mundo estão representadas, e onde não há estrangeiros, porque todos são cascalenses e fazem parte da mesma comunidade”.
Cascais reafirma-se, assim, como um exemplo de democracia participativa e de envolvimento cívico, projetando-se no panorama europeu como uma cidade que promove a inclusão, o diálogo e a transparência. Esta distinção reforça a responsabilidade do município em continuar a construir um futuro assente nos valores democráticos, assegurando que cada cidadão tem um papel ativo na construção de uma comunidade mais justa, equitativa e coesa”.