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Conferência "3 Anos de Guerra em Larga Escala Contra a Ucrânia"
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No dia 24 de fevereiro de 2022, a vida mudou para o povo ucraniano. A Rússia invadiu a Ucrânia e a guerra tem, desde então, preconizado momentos trágicos para todos. No dia em que se assinalam três anos de conflito, a NOVA SBE e Embaixada da Ucrânia organizaram uma conferência, com vista a debater sobre a falta de mecanismos legais para garantir a libertação de civis ucranianos e a necessidade de uma pressão internacional mais forte sobre a Rússia. A iniciativa reuniu especialistas, ativistas, representantes de instituições internacio,nais e figuras de Estado, e integrado um debate moderado por Nuno Rogeiro, analista de geopolítica, com participantes que incluiram uma antiga refém, a Tenente-Coronel Inna Zavorotko, a ativista Anastasiia Holovnenko e Marta Wytrykowska, representante da União Europeia.
O campus de Carcavelos, em Cascais, acolheu esta conferência. Na sessão de abertura, Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, foi um dos oradores convidados. Cascais tem, desde o primeiro minuto, demonstrado apoio e solidariedade para com o povo ucraniano, promovendo inúmeras ações de suporte aà Ucrânia. "Hoje completam-se 3 anos da invasão. Um momento que todos nós, europeus, estávamos longe de imaginar ser possível, mesmo às portas da União Europeia. Em Portugal, na ponta mais ocidental da Europa, sentimos perto esta invasão e mostrámos, mais uma vez, que somos, todos nós, portugueses, um povo solidário, um povo de paz.", lamentou, Nuno Piteira Lopes. E foi sobre paz que as suas palavras se focaram. "A história de Cascais é marcada pela hospitalidade, pela generosidade e pela capacidade de saber acolher. Ao longo dos séculos, várias pessoas, entre elas, reis e figuras de Estado, deixaram várias vezes os seus países e aqui, em Cascais, encontraram a segurança e a paz que procuravam. Foram sempre acolhidos com respeito, com dignidade, com solidariedade, as mesmas vírtudes que Cascais demonstrou ao receber os cidadãos ucranianos que fugiam da invasão russa ao seu país", adiantou.
Recorde-se que Cascais tem também mantido o apoio além-fronteiras à Ucrânia, tendo ajudado a proteger refugiados ucranianos na Polónia, e entregou à Primeira-Dama da Ucrânia a Chave da Vila de Cascais. Para além disso, com a parceria da Galp, enviou centenas de aquecedores para o país invadido pela Rússia, não comprometendo a ajuda aos munícipes de famílias carenciadas. Também estas receberam perto de 500 aquecedores Galp. "Em Cascais, não temos refugiados, temos convidados e foi com estatuto de convidados que recebemos os nossos irmãos ucranianos. Aqui, não encontraram apenas abrigo, encontraram uma comunidade unida e solidária, que se juntou para garantir uma logística preparada para lhes proporcionar conforto e segurança. Recebemos mulheres, idosos, muitas crianças, a quem se fizemos questão de integrar nas nossas escolas, assegurando uma adequada aprendizagem para que os efeitos da guerra fossem mitigados ao máximo no seu processo evolutivo", reforçou o vice-presidente da autarquia cascalense, adiantando que o compromisso de Cascais não parou e não vai parar. "Cascais é e sempre será uma terra de paz e esta paz é algo que estamos determinados a poder partilhar", rematou.
CMC | TL | PM | NH
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