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Comissão Municipal da Defesa da Floresta reuniu | Cascais: combate aos incêndios “começa agora”

A Comissão Municipal de Defesa da Floresta reuniu para fazer um balanço da época de incêndios de 2013 e, simultaneamente, apresentou o plano de prevenção para 2014. “Combate aos incêndios 365 dias por ano” é a filosofia definida pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Está feito um balanço de mais uma época especial de incêndios em Cascais. Durante 2013, no período compreendido entre 1 de junho e 30 de setembro, registaram-se 46 ignições das quais resultaram 63 hectares de área ardida. Todos os focos tiveram incidência em duas zonas de mato – a Biscaia e Almoínhas Velhas. Foram estes os números apresentados pela Comissão Municipal de Defesa da Floresta.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, salientou o papel desempenhado por todos os agentes de Proteção Civil e pelas equipas municipais que operam no terreno na obtenção destes resultados. Mas virou todas as atenções para o futuro: “É mais caro combater um incêndio um dia que seja, do que prevenir um incêndio um ano inteiro”, disse. “Os incêndios combatem-se 365 dias por ano e não só nos dias em que os fogos abrem os telejornais, ou nos dias em que a população se indigna. O tempo de combater os fogos é agora”, afirmou perentoriamente o autarca.

Pedro Lopes de Mendonça, Comandante Operacional Municipal, apresentou uma análise técnica assumindo desde logo que “o número de ignições se manteve em linha com o ano anterior”. E apesar do número de hectares consumidos ter aumentado, “a área ardida é essencialmente mato, sem valor ambiental ou ecológico significativo.” Pedro Lopes de Mendonça sublinha ainda que Cascais tem, proporcionalmente, um número “baixíssimo de área ardida”, atendendo a que, como frisou Carlos Carreiras, mais de um terço do território se encontra em Parque Natural e dois terços são de estrutura ecológica municipal.

Olhando para os números, o responsável sublinha ainda que o período entre “as 11 horas e as 18 horas” é aquele em que se registaram mais ignições em Cascais. Num ano em que foram registados tantos incêndios com origem criminosa, e embora não querendo estabelecer uma relação causa/efeito, o comandante notou ainda que um dos maiores picos de ignições está identificado entre “a meia-noite e as duas da manhã.”

Para além das Forças de Proteção Civil, parte do esforço de manutenção das áreas verdes e da prevenção é garantido pela Cascais Ambiente. Recuperação da floresta autóctone, erradicação das espécies invasoras, valorização da regeneração natural e núcleos de vegetação resiliente são algumas das tarefas da equipa da Cascais Ambiente. O envolvimento de voluntários e da sociedade civil é também uma peça chave para o sucesso, como explica João Cardoso e Melo, diretor da gestão da estrutura ecológica: “A coordenação na sequência das intervenções é fundamental, entrando numa primeira fase os sapadores florestais nas intervenções mais pesadas e depois os voluntários, escolas, empresas e associações, ou as brigadas florestais que envolvem cidadãos que fazem parte das bolsas de emprego em ações manuais e de plantação.”

Para 2014 está desenhado um vasto pacote de medidas de prevenção que inclui, entre outras, ações de fogo controlado, manutenção de caminhos florestais, limpeza de faixas com 10 metros junto às estradas municipais e numa extensão de 7 quilómetros, faixas de proteção em redor dos aglomerados populacionais num total de 75 hectares e manutenção de 56 hectares de povoamentos florestais.      

 

 
 
  
 
  

 

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