Câmara Municipal de Cascais renovou protocolo com 31 farmácias do concelho

O acesso aos cuidados primários de saúde da população, nomeadamente a acessibilidade ao medicamento, tem-se estruturado como uma das preocupações fundamentais do Município de Cascais, sobretudo quando os custos financeiros com os medicamentos associados a doenças crónicas, súbitas e endémicas se tornam elevados para os munícipes com menores recursos.

Dessa forma, foi estabelecida uma forte parceria com farmácias e organizações concelhias com intervenção psicossocial em 2011, sendo que em 2012 a parceria foi ajustada, originando uma nova estratégia possibilitando congregar 30 farmácias e 26 organizações de intervenção psicossocial do Concelho, enquanto membros ativos da comunidade local no âmbito da prestação de cuidados de saúde e respostas sociais.

Para o Carlos Carreiras, presidente da CMC, este protocolo é “um excelente exemplo de um trabalho em rede de proximidade e competência, que só aconteceu porque as farmácias deram o primeiro passo e à qual a Câmara Municipal de Cascais se associou e agora apoia.”

A nova estratégia apontou para a continuidade de um trabalho estreito e concertado com as instituições de intervenção psicossocial do concelho e na continuidade de sinalização e acompanhamento de casos e famílias no domínio do apoio a medicamentos, definindo-se uma comparticipação em 50% do valor da despesa com medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde.

Com a renovação do protocolo, que está atualmente em vigor, o investimento aumenta para mais do dobro relativamente a 2012, e será de € 75.000, com uma maior comparticipação por parte da autarquia, que poderá chegar aos 100%.

Este é um protocolo em parceria, da Câmara Municipal de Cascais com Farmácias do Concelho e Instituições de Solidariedade Social e que nos anos de 2012 e agora em 2013, reflete um investimento total da autarquia no valor de € 105.000.

Para a responsável da Associação Jerónimo Usera, Ana Tojal, instituição que sinaliza famílias carenciadas, esta relação próxima da CMC com as instituições e farmácias é “um passo importante para ajudar muitas pessoas que carecem de cuidados de saúde mas sobretudo para ajudar as famílias com mais dificuldades porque a saúde é um problema que pode destruturar a vida pessoal mas muitas vezes a vida familiar”.

Maria Manuel Grincho, responsável da Farmácia Grincho, na freguesia da Parede, partilha da mesma opinião e reforça “Temos que felicitar a CMC por este apoio e pela relação que aqui se cria. A acessibilidade aos medicamentos é uma necessidade da população aos cuidados básicos de saúde pelo que nós [farmácias] continuaremos sempre ao lado dos mais pobres, dos mais desfavorecidos.”