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CE 2019 | Até 2021
No encerramento, Carlos Carreiras fez questão de agradecer a todos quantos possibilitaram a realização desta sexta edição das Conferências do Estoril que assinalam o 10.º aniversário. "A Clara de Sousa é a primeira a subir para este palco e a última a sair . É a cara destas Conferências. Obrigado aos nossos patrocinadores e media Partners. Cruciais para que a nossa palavra de mudança tenha mais força e chegue mais longe. Obrigado aos nossos oradores e moderadores. Eloquentes ou agitadores. Modestos ou poderosos. Populares ou desconhecidos".
Focando o seu discurso na esperança de fazer do mundo um lugar melhor, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais deixou um forte apelo aos jovens, a quem apelou de “novos missionários”. “Se fomos capazes de levar estas conferências ao mundo, também seremos capazes de trabalhar mais e melhor na nossa educação pública; mais e melhor no nosso SNS; mais e melhor nos nossos transportes. Se as instituições supranacionais estão em crise; se os estados nacionais estão em crise; sobra a sociedade para nos livrar da crise”, afirmou.
Um trabalho facilitado por muitas horas de debate proporcionado ao longo das várias edições das CE: “As ideias que vos deixámos só agora começam a fazer o seu longo caminho no sentido de tornar o mundo um lugar mais justo, mais democrático e mais solidário”. Mas que constitui por si, um desafio ás novas gerações: “Temos de assumir a nossa missão, de sermos inspiradores e transformadores, neste novo tempo que seguirá a este tempo de profunda transformação”.
Salientando o balanço muito significativo, com mais de 4.000 participantes 140 jornalistas acreditados, mais de 100 oradores na edição 2019 das CE, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, afirmou: “são números que impactam que, ao fim de 10 anos e de seis edições nos enchem de orgulho”. João Sáàgua, Reitor da Universidade Nova de Lisboa, cujo Campus de Carcavelos passou a ser a nova casa das Conferências do Estoril, elogiou as CE, evento que “já conquistou, pela sua regularidade e qualidade um lugar e significado próprios na vida cultural e académica portuguesa e não só”.
Considerando que “as CE nasceram de um rasgo tão visionário quanto oportuno”, o Reitor da Universidade Nova de Lisboa, afirmou mesmo que “as suas preocupações convergem em absoluto com as da universidade”.
Mário Centeno, Ministro das Finanças, presidente do Eurogrupo, encerou os trabalhos desta sexta edição das Conferências do Estoril, salientando que “ao longo dos últimos 10 anos as CE contribuíram para um debate aberto e participado sobre os desafios prementes de um mundo globalizado. Falando “aos mais resistentes de três dias de debates”, Centeno destacou a “a sustentabilidade, esperança e exigência”, como “as três dimensões sobre as quais temos de projetar o futuro” e colocou a tónica nas “mudanças radicais”, necessárias “para limitar o aumento do aquecimento global”. Aproveitando o facto de as CE decorrerem numa numa escola de economia, Mário Centeno sugeriu a todos a “consideração do fator tempo nos seus cadernos: É uma variável muito importante e deve ser considerada. As diferentes crises surgiram porque encurtámos o tempo, porque alguém decidiu ficar com o tempo de outro para si. Só o tempo permite que as reformas e materializam, que as pessoas se encontrem… desconsiderar este fator aumenta o risco e as desigualdades…”. E para Centeno, “este é o tempo de agir, rápido, mas de forma racional”.
Ação para a qual as CE têm contribuído ao permitir abordar o tema do desenvolvimento sustentável como o novo paradigma das nossas sociedades, dos nossos mercados. Citando, o anterior presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama: “A Europa vive neste momento no pináculo da civilização”, a que acrescentou ser o momento em que temos “mais rendimento, mais saúde, mais educação”, o Ministro das Finanças manifestou o seu descrédito: “Estou convencido que os Europeus não sabem disto” e lançou o desafio: “Para garantir a sustentabilidade há uma condição que não sendo suficiente é mesmo sendo necessária é a participação. Participem na construção de uma sociedade mais sustentável. A Europa está no melhor momento para o fazer”.
CONFERÊNCIAS DO ESTORIL | Organizadas a cada dois anos, com o compromisso de promover debates racionais e escolhas informadas, as Conferências do Estoril vão na sua sexta edição procuram soluções locais para desafios locais. A organização da edição 2019 está a cargo do Estoril Institute for Global Dialogue, Câmara Municipal de Cascais e Nova School of Business and Economics com a parceria de diversas entidades e voluntários (mais info)