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Câmara garante continuidade da Creche do Arneiro
Da responsabilidade da Santa Casa, a creche esteve em risco de fechar, pelo que a Câmara atribuiu um apoio financeiro de 132 mil euros, tendo em vista a realização das obras.
"Em 2015, a Segurança Social realizou uma vistoria a estas instalações e a Santa Casa da Misericórdia de Cascais foi notificada que teria de fazer um conjunto muito significativo de intervenções, sob pena de ser encerrada", explicou o vereador da Educação, Frederico Pinho de Almeida. "A realidade é que, para além da notificação, a Segurança Social em nada contribuiu para a intervenção. A Santa Casa não tinha capacidade e os pais dos alunos da creche estavam muito preocupados. Não tendo competências legais nem obrigação de fazê-lo, a Câmara substituiu-se novamente ao Estado Central e assumiu a intervenção. E, enquanto esteve em obras, a Câmara também pagou a mensalidade dos alunos noutra creche."
"A legislação é muito específica e estava desadequada", conta Isabel Minguens, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais. "As áreas úteis de cada criança, a altura do equipamento sanitário... perante a nova legislação, as especificações já não estavam bem e tinham de ser corrigidos. A creche foi toda pintada, levou chão, tecto e luzes novas. Está muito melhor."
"Este edifício poderia ruir - o que eu não admitiria que acontecesse por falta de acção", afirmou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. Lembrou ainda aos presentes que "há cada vez menos crianças e o inverno demográfico é um problema: menos consumidores, menos contribuintes, menos utentes da Segurança Social. É necessário que se façam filhos."
A creche pode acolher um total de 81 crianças, delas beneficiando 35, do acordo de cooperação estabelecido com a Segurança Social.