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Rede Ibérica de Cidades Inteligentes nasce em Cascais | Redes portuguesa e espanhola unem-se para eliminar barreiras

Cascais, a vila que também é “Cidade Inteligente”, foi hoje o ponto de partida para a criação da futura Rede Ibérica de Cidades Inteligentes. Nascida a partir da união entre a RENER – Rede Portuguesa de Cidades Inteligentes e a sua homologa espanhola, RECI, a nova rede ibérica visa aumentar a competitividade económica e a sustentabilidade ambiental, bem como promover o desenvolvimento cultural, a inclusão social, a melhoria da prestação de serviços públicos e a promoção da qualidade de vida dos cidadãos nas cidades envolvidas.

Pioneiro, por romper barreiras e eliminar fronteiras do desenvolvimento tecnológico, o protocolo visa a criação de um espaço único com a mesma filosofia de trabalho, onde se promova a troca de experiências. No próximo ano, o projeto-piloto transnacional vai ver a luz do dia candidatando-se a fundos europeus no âmbito do pacote 2014-2020. A principal aposta vai para o desenvolvimento de projetos de investigação e inovação e cooperação territorial, uma vez que a rede visa explorar as potencialidades de colaboração no espaço transfronteiriço e nos territórios insulares em matéria de cidades inteligentes, aproveitando algumas estruturas em funcionamento. Além disso, pretende-se também lançar, de forma conjunta, desafios às empresas de Portugal e Espanha para o desenvolvimento em parceria de soluções urbanas inovadoras para dar resposta às necessidades das cidades, testando os produtos e serviços de forma integrada no espaço ibérico.

Nas palavras de D. Iñigo de la Serna, Alcalde de Santander, presidente da RECI e da Federação Nacional de Municípios e Províncias, a Rede Ibérica de Cidades Inteligentes “não é uma parceria burocrática, mas sim técnica, para o desenvolvimento conjunto de projetos em áreas tão diversas como a mobilidade, meio ambiente ou tecnologia, entre outras”. Um bom exemplo, em Espanha, no que respeita à rede de carregamento de veículos elétricos, é a criação de um cartão de carregamento único para todas as cidades”. Para o autarca espanhol, crescer de 41 cidades parceiras para mais 25 é importante, embora seja um primeiro passo de um longo caminho a percorrer. “Queremos partilhar o que já desenvolvemos em tempo e investimento com outras cidades para, com a união, multiplicar o efeito positivo da tecnologia. A ideia é partilhar. É não gastar dinheiro onde outra cidade já tenha gasto. A ideia é criar um grande espaço único em que todos os novos ganhos tecnológicos se possam utilizar de uma forma tranquila e rápida, dando condições às cidades para os apliquem diretamente. As possibilidades que se oferecem a qualquer cidade que venha a integrar a rede são muito importantes”.

Para Alexandre Videira, administrador da INTELI, entidade que gere a RENER, este protocolo é o corolário do trabalho que a RENER tem vindo a desenvolver desde 2009 e que se iniciou com a rede de Mobilidade Elétrica. “Está a ser preparado um alargamento às áreas do desenvolvimento tecnológico, inclusão social entre outras. A ligação a outras cidades promove a inovação e o bem-estar”, salienta reforçando que a ligação a Espanha “é o primeiro passo para alargarmos horizontes”. Seguem-se parcerias com a América Latina e outros países europeus”.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, anfitriã da cerimónia de assinatura, considera que esta “é uma oportunidade de desafiar as regras da matemática e mostrar que, juntos, 1+1 não é igual a dois.” Para o autarca, a experiência mostra que “fizemos tudo menos cidades inteligentes, fizemos cidades estúpidas até. Agora temos de ter a capacidade de sonhar com utopias, como Júlio Verne, ou de projetar o futuro, como Alvin Toffler”. Para Carlos Carreiras, “este protocolo vai muito além do que estamos a assinar aqui. Com isto estamos a reforçar a cidadania e a democracia e a promover a coesão social, uma melhor gestão de recursos e uma boa governança com novas ferramentas de democracia participativa”. Admitindo que a tarefa de criação da Rede Ibérica de Cidades Inteligentes é “de um gigantismo impressionante”, Carlos Carreiras mostra-se confiante quanto ao futuro: “esta tarefa é tão importante quanto a nossa ambição, competência e paixão a conseguirem levar por diante”.

Na próxima semana, entre 19 e 21 de novembro os presidentes das 25 autarquias nacionais que integram a rede RENER, entre as quais Cascais, estão convocados para uma reunião conjunta em Barcelona, no âmbito do “Smart City Expo World Congress”.
 
Sobre a Rede RENER | Rede de cidades inteligentes de Portugal derivada da rede piloto da mobilidade elétrica dinamizada no âmbito do Programa Nacional de Mobilidade Elétrica. É integrada por 25 municípios nacionais, entre os quais Cascais, e gerida pela INTELI.

Sobre a Rede RECI | Rede de cidades inteligentes de Espanha. É gerida pelo Município de Santander e integrada por 41 cidades espanholas.

 

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