Carcavelos foi palco hoje da plantação da primeira árvore do futuro campus universitário da Nova School of Business and Economics. Uma cerimónia marcante que reuniu mais de 200 pessoas de diversos quadrantes. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, plantou a cerejeira ao lado de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e de Daniel Traça e Pedro Santa Clara, confirmando no terreno a concretização de um sonho que nasceu há quase 10 anos.
Aproveitando a cerimónia, de arranque da construção do novo campus da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, em Carcavelos, na qual marcaram presença empresários e governantes, Marcelo Rebelo de Sousa apelou à continuidade da "revolução silenciosa" iniciada num passado recente, com a aposta num país jovem, com novas empresas e projetos de pesquisa e investigação. "Este país merece a revolução silenciosa iniciada num passado recente, merece, não nos podemos resignar à ideia de um país envelhecido, temos de apostar num país jovem, num país de futuro", afirmou o chefe de Estado,
Confirmando que a "revolução silenciosa" está a acontecer entre os jovens, com a multiplicação de novas empresas - as chamadas ‘startup'-, com projetos empresariais de pesquisa e investigação que saem das universidades ou estão ligadas a outros centros de saber e que "se têm multiplicado nos últimos quatro, cinco anos em Portugal e que se vão multiplicar no futuro", o Presidente da República aproveitou para elogiar Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. “É um facto que a Câmara Municipal de Cascais tem um grande presidente, em quantidade e qualidade de obra feita, mas sobretudo com visão de futuro e aposta nos mais novos”.
Referindo-se ao processo de expropriação dos terrenos onde está a ser construído o campus universitário, que está em tribunal, Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu ser Carlos Carreiras “um presidente de câmara que, continuou, neste processo da construção do novo campus universitário, ultrapassando as dificuldades e burocracias todas”. E o Presidente da República acredita que “naturalmente ultrapassará serenamente (…), as que tiverem a ver com a administração central e com os planos vigentes, as que tiverem a ver com a Aliança Atlântica e a proximidade da Nato, as que tiverem a ver com as decisões judiciais, tudo isso resolverá a contento".
Salientando três momentos fundamentais na história de 650 anos do concelho, Carlos Carreiras destacou a vinda da família real, que transformou a vila de pescadores em vila de reis e pescadores, o espírito visionário de fausto de Figueiredo que foi fundamental para o nosso modo de vida de hoje e agora, “neste momento, através do conhecimento e capacidade de captar competências e desenvolver aqui um hub. Com este projeto o concelho de Cascais vai ter uma nova centralidade”, reforçou, destacando todas as intervenções que a construção da NOVA SBE trará à entrada do concelho.
Sentindo-se como um “promotor imobiliário e pedinte profissional”, o professor Pedro Santa Clara, responsável pela campanha de angariação de fundos que já permitiu recolher junto de privados 35 dos 50 milhões necessários para concretizar o projeto, partilhou com os presentes a satisfação de ver um sonho tomar forma. E que em breve vai permitir à Nova “oferecer um estilo de vida cascalense, único no mundo”. Daniel Traça, reitor, reforçou: “a obra começou e aquilo que até aqui estava só nas fotos vai surgir muito em breve”.
A cerejeira agora plantada é uma das 440 árvores a plantar no campus e vai ter protagonismo na alameda de 150 metros que “rasga” o campus ao meio, promovendo o espírito colaborativo entre todos, o qual irá muito para além dos alunos do campus. “Quisemos desenhar um campus aberto, sem muros, sem vedações”, explicou aos presentes Vitor Araújo, do gabinete de arquitetura vencedor do concurso internacional para o projeto. “Ocupámos apenas 32% do terreno livre, pelo que os restantes 68% vão ser de pinhal, relvado, pomar, uma alameda, praças e esplanadas, oferecendo um grande parque público que será da terra, da população”, acrescentou.
No âmbito da campanha de angariação de fundos é ainda possível adquirir um kit com árvores para plantar.
Iniciada no terreno em agosto deste ano, a obra deverá estar concluída em março de 2018, arrancando o primeiro ano letivo em Carcavelos em setembro de 2018.