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CE 2019 | Guaido em direto: "O momento das eleições vai chegar"
Rogeiro começou por relatar a atual situação do país latino-americano, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, mergulhado numa violenta crise política, institucional e económica, apesar dos importantes recursos naturais que existem no seu território.
Referiu que, desde o início da crise, cerca de 4 milhões de venezuelanos deixaram o país, um dos países com mais refugiados do mundo, depois da Síria. Guaido referiu ainda a importância da corrupção, que gangrena a já muito debilitada economia nacional.
No entanto, a mudança de sistema está bloqueada, disse Guaido à audiência das Conferências do Estoril, pela falta de abertura do presidente Nicolás Maduro, que rejeita qualquer tipo de diálogo ou de mudança de status quo.
Guaido denunciou o que definiu como "um regime em mãos dos militares" e falou Respondendo à possibilidade da realização de eleições presidenciais e legislativas na Venezuela, Juan Guaido disse que para haver eleições realmente livres, todos os venezuelanos deveriam poder votar e recordou que existem partidos ilegalizados. E que os 4 milhões de pessoas que se encontram no estrangeiro deveriam fazer parte do escrutínio.
Disse ainda que o processo deveria contar com a presença de observadores internacionais. "Costumam restringir o acesso à Internet na Venezuela, sobretudo em momentos de manifestações."
Se houver eleições livres internacionalmente controladas, Juan Guaido, o atual presidente interino, seria candidato. O líder da oposição venezuelana disse que era prematuro decidir, mas que apostava numa grande coligação venezuelana para retirar Maduro do poder.
"O momento das eleições vai chegar." No final da sua intervenção, despedindo-se de Nuno Rogeiro, Juan Guaido recebeu um caloroso aplauso do público.