CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

CE 2019 | Emergência Ambiental: É preciso agir já

A emergência climática tem que estar no centro da agenda global e cada um de nós deve agir hoje em todos os aspetos do quotidiano. Cada um de nós deve exigir hoje que todos os governos do mundo adotem novas leis para a agricultura, para os combustíveis fósseis, para os plásticos.

Esta foi a mensagem de urgência deixada a todos os presentes nas Conferências do Estoril, pelo ativista ambiental e surfista Garret McNamara. “Tudo o que eu alcancei começou no oceano e sem um oceano saudável deixamos de existir”, afirmou o surfista que colocou as ondas da Nazaré no mapa do surf mundial.

Para o ativista ambiental, um dos convidados do painel “Justiça ambiental: Alerta para uma ação urgente”, não podemos esperar que os outros façam alguma coisa pelo nosso planeta e pelo oceano. Não podemos só exigir aos governos que ajam e façam as leis. Cada um de nós deve agir já em todos os contextos em que se encontre. “ Podemos por começar em casa, eliminado os plásticos descartáveis, exigindo postos de abastecimento de água no emprego, plantando vegetais no terraço, deixando de comer carne”, exemplificou Mcnamara. Mas, acrescentou: “ Primeiro temos que nos instruir, procurar conhecimento e só depois tomar as nossas opções conscientes em prol do ambiente”.

Outra das convidadas para este debate, Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais, apela para que não entremos em pânico com aquilo que se está a passar com as alterações climáticas. “ Não podemos entrar em pânico porque podemos ficar paralisados e não agir de todo. Temos que encontrar soluções urgentes”, apelou a vereadora. “ Os países com o maior PIB estão a prejudicar os países mais pobres que estão a ser aniquilados apesar de emitirem menores percentagens de carbono. O fosso entre pobres e ricos diminuiu desde os anos 60, mas teria diminuído mais se não fossem as alterações climáticas”, salientou Joana Balsemão. Para a vereadora da Câmara Municipal de Cascais, responsável pelas áreas de qualificação ambiental, alterações climáticas e desenvolvimento sustentável, a geração atual tem que tomar decisões agora que vão determinar como irão viver as gerações mais novas. “Uma pessoa de 16 anos terá que lidar com o que decidimos no dia de hoje. São o futuro sem voz da humanidade é por isso que eles estão a ir para a rua e protestar”, afirmou Joana Balsemão.

Apesar do muito que se tem feito em Portugal para proteger o oceano e lutar contra as alterações climáticas, ainda há muito a fazer e só se conseguirá avançar mais se houver uma cooperação entre todos os países, no sentido de adotarem políticas e procedimentos comuns. Foi o que defendeu Ana Paula Vitorino, Ministra do Mar. “Somos um dos poucos países que tem um ministério dedicado especificamente ao mar e somos líderes na proteção do oceano e no uso sustentável dos recursos do mar”, referiu a Ministra.

Mas, Ana Paula Vitorino alertou: ”A solução para as mudanças globais exigem soluções globais. Temos que estabelecer parcerias para aplicar as soluções em toda a parte do mundo e temos que começar agora. Em Portugal estamos a fazer o nosso papel. Fomos o primeiro paIs da Europa a implementar uma estratégia para os oceanos, em 2006.”

Joana Balsemão concluiu com um apelo: “Cada decisão que tomamos tem impacto e toda a gente tem um papel a desempenhar em cada contexto. Não se sintam inúteis porque a resposta está em cada um de nós” (PL)

 

 

CONFERÊNCIAS DO ESTORIL | Organizadas a cada dois anos, com o compromisso de promover debates racionais e escolhas informadas, as Conferências do Estoril vão na sua sexta edição procuram soluções locais para desafios locais. A organização da edição 2019 está a cargo do Estoril Institute for Global Dialogue, Câmara Municipal de Cascais e Nova School of Business and Economics com a parceria de diversas entidades e voluntários (mais info)

Sugerimos também

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0