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A avó finta-nos na sopa
Na EB1 da Parede Justa Nobre não mudou de tática. Eram mais de uma centena de miúdos à espera de tudo, menos legumes e salada. O menu era sopa, frango, massa e uma peça de fruta. Dos produtos e da confeção, os chefs que têm vindo a visitar as escolas do concelho são unânimes: Come-se bem nestas escolas. Só que, Chef é Chef! E a colher de pau de Justa Nobre não foge à regra, dá sempre umas voltas a mais ou a menos que tornam a coisa ainda mais apetitosa: “Temperei um peito de frango com pouco sal e alho e corei-o com um fio de azeite. Fiz um molho com limão e bem gostaria de lhes por tomilho, ervas aromáticas. Mas sei que é difícil. Vamos devagarinho”, confessa.
Há, porém, uma coisa que não transcende: “A salada no prato. Sempre salada no prato”, garante. E tem razão, os miúdos lá vão mordiscando aqui um bocadinho de tomate, ali outro bocadinho de alface, e vão processando na sua pequena lista de paladares, estes que, além do mais, “são muito importantes”, garante a Chef.
Já quanto aos legumes… Justa Nobre põe um sorriso no rosto, o mesmo que coloca depois da batota aos seus três netinhos e diz com ar malandro: “Foram na sopa”. Não é aldrabice, “é um jogo de cintura”, diz. Os jogos de cintura são afinal as fintas da avozinha em nome da boa mesa. H.C.