Visita Oficial marca 100 dias de guerra na Ucrânia

No dia em que o calendário assinala 100 dias de guerra na Ucrânia, Igor Zhovkva, Chefe-Adjunto de Gabinete do Presidente Zelensky veio a Cascais para manifestar o agradecimento pela forma como o município tem acolhido os convidados ucranianos.
“Obrigado ao presidente e ao povo de Cascais. Obrigado ao povo português. Estão a ajudar-nos numa hora de necessidade, desde que esta horrível guerra começou.” O número dois de Zelensky mostrou-se especialmente grato pelo facto de os ucranianos em Cascais se sentirem “em casa. Quando vencermos esta guerra regressarão a casa e serão para sempre amigos do vosso maravilhoso povo. Obrigado”, disse.

Em pouco mais de duas horas, Igor Zhovkva, acompanhado da Embaixadora da Ucrânia, Inna Ohnivets e da Consul daquele país, Viktoriia Kuznietzova, tiveram oportunidade de, a par de uma ligação via Skype com o Mayor de Bucha, Anatoliy Fedoruk, assinar o acordo de geminação entre Cascais e Bucha, visitar o Centro de Acolhimento de Emergência de Cascais e ainda um dos quatro Centros de Acolhimento onde proporciona abrigo aos convidados ucranianos, neste que é o seu porto de abrigo enquanto a guerra durar.
“Todas as semanas, nos centros de acolhimento é proposta uma lista de atividades em que se inscreve quem quer ficar a conhecer melhor o concelho”, aproveitou para esclarecer Carlos Carreiras, lembrando que, “neste momento, Cascais tem 2600 ucranianos acolhidos, dos quais 400 são crianças a frequentar as escolas do concelho”.

De uma forma transversal e visando um acolhimento em segurança de cidadãos que não estão tão familiarizados com o mar, Cascais já proporcionou, a pensar na época balnear, uma formação específica sobre os cuidados a ter na ida à praia.

A visita da comitiva ucraniana prosseguiu para Lisboa, num encontro com o Primeiro Ministro, Carlos Carreiras assegurou que “diferenças políticas à parte, o trabalho feito por António Costa nesta matéria”.

Ficou ainda o convite para uma visita num futuro próximo de Volodymyr Zelensky a Cascais. Um destino que conheceu antes de ser eleito presidente, mas ao qual já manifestou desejo de regressar, assim que o regresso da paz o permita.

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