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Cascais comemora a liberdade

48 anos de democracia assinalados no Forte de Santo António

São 48 anos de liberdade e foram assinalados hoje, dia 25 de Abril, com várias iniciativas. Desde logo o hastear das bandeiras na freguesias aos som do Hino Nacional, com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz. O ponto alto foi, contudo, no Forte de Sto. António da Barra, no Estoril, com a presença dos representantes do Poder Local, militares, agentes da cultura e muitos munícipes. Na cerimónia foi anunciado o nascimento do Museu do Mar e da Língua, um novo espaço museológico do concelho que contemplará uma exposição permanente sobre a língua portuguesa como ativo global e um serviço educativo no espaço do forte, e que ficará sob a gestão da Fundação D. Luís I.

Muitos foram os que acorreram às cerimónias, para ver “in loco” a inauguração da exposição “Entre Revoluções (5 de outubro de 1910 - 25 de abril de 1974)" que assinala vários momentos da História do Portugal do século passado. São quatro salas que falam do percurso do país entre a implantação da República (5 de outubro de 1910) e a Revolução da ditadura militar (28 de maio de 1926), que dá origem à ditadura do Estado Novo, e desta à Revolução do 25 de abril de 1974, todas elas com a participação do Exército português. A mesma pode ser visitada hoje, 25 de abril, até às 18h00 ou aos fins de semana e feriados das 10h00 às 18h00 até 18 de setembro.

Mas a “Revolução dos Cravos assume este ano uma data importante. “Pela primeira vez na nossa história, a democracia tem mais anos de vida do que a ditadura. E há muitas razões pelas quais devemos comemorar. Portugal é hoje um país mais próspero, civilizado e Europeu”, relembra Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Sobre a Exposição “Entre Revoluções”
 
Para além do riquíssimo material fotográfico exposto que contam uma parte da história de Portugal do século passado, teremos também a possibilidade de ver, de perto, algumas peças cedidas pelo exército português que testemunharam inúmeros acontecimentos.

Esta exposição fala ainda de guerras que marcaram o século XX, desde logo a I Guerra, a II Guerra Mundial que decorreu entre 1939 e 1945, mas também da Guerra Colonial que teve o seu início em 1961. No II conflito Mundial do século, em que Portugal não participou, assumindo-se como país neutral, ainda que o regime mostrasse as suas preferências, Cascais foi palco de uma guerra entre secretas. Deste período, pode, por exemplo, observar um arreio para transporte da metralhadora italiana Breda (1943), uma peça do disponibilizada pelo Museu Militar de Elvas e não muito diferente das MG 42, que perfilavam nas trincheiras alemãs anuladas pelas tropas Aliadas aquando do desembarque na Normandia.
 
Nesses últimos 48 anos, de 28 de maio de 1926 até ao 25 de Abril de 1974, destacam-se também imagens de residências em Cascais que serviram de apoio à resistência. Desde logo com a divulgação de um roteiro em Cascais de casas clandestinas do Partido Comunista Português, locais por onde passaram alguns dos dirigentes comunistas, e se decidiram importantes momentos do combate à ditadura, mas também dois locais onde os capitães de abril realizaram reuniões decisivas na preparação do golpe que derrubaria o regime. (Ver texto pág. 5)
 
Sobre o Forte e a sua cedência

Com a cedência do Forte de Santo António por um período de 50 anos pela Direção Geral do Tesouro, este espaço ficará assim, ao serviço da cultura nacional, reforçando a oferta museológica do concelho de Cascais.
Desta feita, ganha, assim, corpo a ideia da Câmara Municipal quando, em 2019, chamou a si a salvaguarda do Forte travando a degradação, retirando toneladas de lixo e vegetação e levando a cabo uma operação de “lifting” para que o forte pudesse abrir ao público a 25.04.2019. Em três anos, Cascais assumiu sempre a gestão, segurança e manutenção possível deste património. Agora, com a concessão mais dilatada no tempo, por 50 anos, vão ali ser desenvolvidas obras de fundo e implementado o Museu da Mar e da Língua, devolvendo ao forte a dignidade que merece e colocando-o ao serviço dos cidadãos.

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MS/LB/RB/PR
 

 

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