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Uma cadeia solidária à espera dos refugiados

Os 200 refugiados ucranianos que Cascais resgatou na Roménia têm asseguradas, em Cascais, as condições de integração plena.

Ao fim do dia de segunda-feira, quando os 200 refugiados da Ucrânia, na sua maioria jovens e mulheres, que a autarquia foi resgatar de avião à Roménia, chegarem a Cascais, terão um grupo de voluntários à sua espera. Esse apoio estender-se-á no tempo e tem o propósito de lhes proporcionar todas as condições para que, aos poucos, os traumas de uma guerra se vão esbatendo e a sua nova vida se vá consolidando.
O C3 será o primeiro porto de acolhimento, mas, mais dois (Lar do CRID e antiga Creche de S. José) estão já preparados para lhes proporcionarem condições de prosseguirem as suas novas vidas.
“Será um caminho longo, difícil e doloroso”, acredita Carlos Carreiras, o autarca de Cascais que no sábado fez um périplo pelos principais locais de acolhimento, avaliando todo o processo de preparação, uma tarefa que tem sido assegurada em grande parte por voluntárias, muito funcionários da autarquia e de empresas, a quem o autarca fez questão de agradecer.
No Centro Logístico de Cascais (C3) – aonde se concentra a operação de receção, embalamento e envio dos donativos para a Ucrânia (bens alimentares, medicamentos e roupa) – partia mais um camião, o terceiro, com cerca de 23 toneladas de donativos que vão já a caminho da Roménia.
No edifício contíguo ao C3, um grupo de voluntários trabalhava arduamente na preparação de Kits que vão ser entregues aos refugiados no momento da sua chegada a Portugal. São pequenos sacos com artigos de higiene pessoal.
Numa outra das salas deste edifício, uma fila de voluntários da comunidade ucraniana em Cascais, fazia o seu registo para se integrarem num grupo de apoio, já que a língua é uma primeira barreira a ter de ser ultrapassada.
Psicólogos, apoio do SEF para as questões de legalização, é uma vasta cadeia de apoio para que, como refere Carlos Carreiras, “Nada falte”.
“Montamos toda esta rede com base num pressuposto: E se fosse comigo, de que apoios precisaria?”, explicaria Carlos Carreiras.
Numa primeira fase o grupo de cidadãos ucranianos vai ficar instalado no Centro de Logística, já equipado com mais de 200 camas, sanitários, creche, refeitório, condições essenciais para que nada falte. Será esta uma fase para, com tempo, se tratar de toda a parte legal. Entretanto ser-lhe-á entregue passes para que disponham da liberdade de mobilidade que necessitarem. Também os mais jovens terão em breve a possibilidade de “continuarem os seus estudos nas escolas públicas e privadas do concelho”, garantia Carlos carreiras.
Para uma fase posterior, de consolidação das suas novas vidas, estão prontos para os receber o Lar do CRID, com 30 camas e todo o conforto necessário nas condições de habitabilidade. Também a antiga Creche de S. José muito perto da Vila de Cascais, está preparada com 168 camas, creche, refeitório, local de culto e até uma zona reservada a animais de estimação.

Cascais Digital

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