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Igreja da Misericórdia ganha novo sino

Um novo Largo da Misericórdia está a nascer

As obras de requalificação da Igreja da Misericórdia de Cascais avançam a passos largos e esta terça-feira, 8 de março, inaugurou-se com toda a solenidade o novo sino da Igreja, cujo toque ressoou pela primeira vez no Largo da Misericórdia.

“Durante as obras de requalificação da Igreja tivemos aqui uma preocupação com o sino que existia porque era um sino que não tinha escala para o que iria ser a Igreja da Misericórdia”, referiu Célia Mateus, adjunta do presidente da Câmara Municipal de Cascais.

De facto, o antigo sino era “mais simbólico” e não tanto para ser usado para o culto religioso, pelo que “não tinha um som à altura da Igreja”, afirmou, ainda, Célia Mateus, acrescentando que, o novo sino de grande porte “está mais de acordo com o que a Igreja vai ser após as obras de reabilitação”.

É muito antigo o uso de objetos metálicos ou de madeira para assinalar com o seu som a festa, ou para convocar pessoas. Os sinos pertencem a esse grupo de instrumentos. A Igreja começou a usá-los logo depois de lhe terem reconhecido o direito de existir em liberdade (século IV), e tornaram-se rapidamente elementos típicos dos seus edifícios de culto. O toque dos sinos assinala as horas do dia e da noite, os tempos de oração, a celebração da missa. Ele reúne o povo para as celebrações litúrgicas, adverte os fiéis quando se dá um acontecimento importante que é motivo de alegria ou de tristeza. As várias formas de os tocar são uma linguagem convencional, que pode ir das simples badaladas, ao dobrar, ao toque picado, ao toque encadeado e ao toque repicado ou repenicado, que é o mais festivo. Tal linguagem continua a ser perfeitamente compreendida pelos habitantes das aldeias e vilas. Mesmo nas cidades, apesar de todos os ruídos, os sinais sonoros dos sinos não passam despercebidos.

Para a Provedora da Santa Casa da Misericórdia, Isabel Miguéns de Almeida Bouças, presente na cerimónia de montagem e inauguração do sino, é um “privilégio assistir a estas obras de requalificação da Igreja”. A Provedora mostra-se visivelmente emocionada, ao ouvir ressoar outra vez o sino no Largo da Misericórdia, “numa das zonas mais antigas da Vila de Cascais”, refere.

O antigo sino, datado do século XVIII, quando das obras de reconstrução, após o terramoto de 1755 que destruiu completamente a Igreja, vai ficar agora em exposição no novo espaço museológico da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.  

As obras de requalificação da Igreja da Misericórdia que estão acerca de um mês de terminarem, contemplam não só o edificado como ainda a conservação e restauro do espólio de arte pertencente à igreja, bem como todo o espaço envolvente que está a ser intervencionado para dar uma nova vida ao local.

Deste modo, será possível dotar uma organização tão importante para a comunidade de novas infraestruturas, através da preservação histórica do seu atual edificado e respetivas obras de arte, beneficiando todos os cascalenses e a História do nosso concelho. Um novo Largo da Misericórdia está a nascer.

O Largo da Misericórdia integra a atual igreja, a sacristia, o edifício do antigo hospital e farmácia, e diversas dependências adjacentes. O templo primitivo, a Ermida de Santo André, antiga a sede da instituição, foi destruído pelo terramoto de 1755, tendo sido reedificado em 1777, embora as duas torres laterais da nova igreja nunca tenham sido concluídas. A igreja da Misericórdia de Cascais é constituída pelo templo, de planta longitudinal, e pela sacristia anexa, situada onde seria provavelmente a anterior Ermida. apenas até ao segundo piso. A fachada Sul deita para o pátio da antiga casa do capelão, farmácia e celeiro, e do primitivo Hospital.

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