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Cascais solidário com Moçambique
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Logo pela manhã vários amigos e voluntários da Helpo juntaram-se num armazém situado na Adroana, e carregaram um contentor de 40 pés, com capacidade para cerca de 26 toneladas, com bens doados a Moçambique no âmbito da campanha solidária lançada por Cascais. Este contentor seguirá para a Missão de emergência no Dombe. São toneladas de bens, doados por pessoas e instituições, públicas e privadas, de todo o país.
“Esta ajuda consistiu no que temos vindo a acompanhar relativamente à passagem do ciclone Idai em Moçambique. Recebemos uma série de pedidos de ajuda e resolvemos apoiar aquelas instituições que estão desde o início a ajudar”, referiu Sofia Soares, chefe de divisão de Relações Internacionais da Câmara Municipal de Cascais.
Trata-se de uma ajuda que engloba duas fases distintas, “esta primeira fase trata-se de acompanhar as famílias que foram afetadas. Identificamos quatro instituições que apoiámos: a Helpo, a AMI, a Unicef e a Fundação Fernando Leite Couto. Numa fase inicial aprovamos em reunião de Câmara 150 mil euros distribuídos em partes iguais por estas quatro instituições”, salientou Sofia Soares.
A segunda fase que irá passar principalmente pela reconstrução de infraestruturas e da agricultura, permitir que as pessoas voltem a trabalhar nas cidades e nos campos: “vamos apoiar mais duas instituições no valor de 50 mil euros, distribuídas em partes iguais por cada uma delas a Acácia- Associação para a Cooperação Internacional com África e a SIM-Solidariedade Internacional a Moçambique”, acrescentou.
Para Joana Clemente, coordenadora da Helpo, a ajuda de Cascais: “foi em quantidade e em qualidade. Por um lado a ajuda que tivemos a nível financeiro foi importantíssima para conseguir fazer arrancar esta missão e para a sustentar nos próximos seis meses. E por outro lado a cedência de um espaço pela Câmara Municipal de Cascais, adequado à triagem, perto da nossa sede, o que a nível operacional ajudou-nos bastante”. Acrescentou emocionada e feliz, que esta ajuda de Cascais “ veio salvar esta operação que estava em risco pelos constrangimentos a nível de espaço".
No dia 15 de março, a zona centro de Moçambique acordou para se confrontar com um cenário de horror: o ciclone Idai varreu as três províncias desta região, Sofala, Manica e Zambézia, deixando um rasto de destruição e sofrimento numa área vastíssima, e 400 km2 debaixo de água. Os rios esqueceram-se das margens e galgaram as estradas, engoliram as pontes, devastaram as habitações e ceifaram muitas vidas. Estes acontecimentos trágicos fazem prever meses de risco, proliferação de doenças e multiplicação das necessidades, já gritantes para muitos milhares de pessoas antes desta tragédia. AQ