CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

mais pessoas

Alexandre Rippol
Alexandre Rippol “Há um fator mágico que nos impele ...
Margarida Bessa
Margarida Bessa “Uma boa ação por dia nem sabe o ...
José Roncon
José Roncon “Ser voluntário é aquilo que nós ...

Está aqui

Lourdes Faustino

Uma pessoa vem fazer aquilo de que gosta. Aprende mais, sente-se melhor. Parar é que não!”
“Oito dias antes de ser reformada perguntaram-me se queria ser voluntária e eu aproveitei. Uma pessoa vem fazer aquilo de que gosta. Aprende mais, sente-se melhor. Parar é que não!” O testemunho de Lourdes Faustino, 77 anos, voluntária no Bairro dos Museus.

Só por acaso não nasceu na Praia dos Pescadores: “naquela altura, dali até à maternidade de Cascais era só subir as escadas da Marinha”, lembra Lourdes Faustino que, quando chegou a reforma, se recusou a parar as suas atividades e fez-se voluntária no Museu do Mar onde trabalhou muitos anos.

Neta de pescadores oriundos da Figueira da Foz, filha de uma varina e de um mestre do antigo matadouro de Cascais, traz no olhar o carinho pelas tradições locais que passa a crianças, jovens e gente de todas as idades e locais em cada visita guiada ou workshop que conduz neste equipamento do Bairro dos Museus de Cascais.

Já sem o vínculo laboral, vem duas vezes por semana (ou mais, se preciso), fala de escamas, veste-se de varina ou de rainha para encarnar diferentes papéis. “Sinto-me bem. Sinto-me com energia, com ânimo”. Evoca, nessas ocasiões, por exemplo como se fazia a lota antigamente: “vivi ainda isso, era com caixotes na areia”.

Também explica tudo sobre os pregões, a forma de transportar a canastra, ou os “jogos dos ganizos”, pequenos ossos dos tornozelos de borrego que faziam as vezes de dados. “Quando a parte lisa, a que chamávamos cu, ficava para cima ganhávamos”, explica entre sorrisos. “Jogávamos a botões e rebuçados, mas se alguém não pagasse lá vinha o tamanco!” (risos).

Porque o conhecimento em primeira mão tem mais valor, Lourdes traz sempre ajuda para as ações que dinamiza.

São exemplos disso pescadores e a antiga varina São Parracho. “É muito importante falar nestas tradições para que não se acabem”, salienta a voluntária.

Se lhe perguntamos qual a razão de fazer voluntariado não hesita: “Faz bem a toda agente. Todos deviam fazer voluntariado para não se meterem em casa, não se sentirem doentes!”

Já pensou em ser voluntário? Saiba mais aqui e veja a entrevista a Lourdes Faustino

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0