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Desfile de Bandas Filarmónicas
O Zeca! (Manuel Freire) - Direção Maestro Paulo Guia - Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde
Havia um poeta-cantor
nascido à beira da Ria
que em Coimbra foi estudante
e cavaleiro andante
por amor à poesia.
Sendo cantor andarilho
não se cansou da viagem
e fez a canção de roda
que juntou a malta toda
com a esperança na bagagem.
Ele era o menino de oiro,
campeão da rebeldia
e o canto era o tesoiro
p'ra quem entrava no coro
dessa nova melodia.
Mandou embora os vampiros
que o puseram na prisão;
ouviu gritos e ouviu tiros,
ouviu queixas e suspiros
antes da Revolução.
Se Grândola era morena,
era verde a utopia;
a verdade era um poema
pelo qual valeu a pena
esperar anos por um dia.
O bravo cantor-poeta
deu a cantar o sinal,
boina negra na cabeça
e nos lábios a promessa
de um novo Portugal.
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