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Uma noite electrizante com Amor

Emoção à flor da pele nos dois concertos desta sexta-feira com os Amor Electro e Sô Gonzalo.

AMOR ELECTRO: A Cumplicidade Musical e Humana num concerto que foi também uma homenagem

“Tens de conseguir ver mais/Ser imortal está no limite” foi assim que os Amor Electro começaram o concerto. A voz carismática e metálica (quase não-mortal) de Marisa Liz e gente a perder de vista, sem “Alternativa” que não fosse deixar-se ir nessa magia pura e dura. A Baía de Cascais estava só a começar a sua viagem eletrizante.

Em seguida, o público deixou-se “embalar” como a canção, numa revisita eletrónica da criação de José Afonso. A figura, aparentemente, frágil de Marisa Liz encerra uma presença em palco também ela “maior que a vida”. De facto é a voz e carisma da vocalista dos Amor Electro que funciona como o fio condutor da corrente de boa energia, um dos pontos fortes do grupo e que eles não se cansam de transmitir aos fãs.

“Mar Salgado” e “A Nossa Casa” continuaram num registo mais íntimo, com bastante tensão emocional, mostrando bem porque é que os Amor Electro são das bandas mais sólidas no terreno Pop nacional. E quando veio a “Miúda do Café” já estava tudo mais do que desperto e, os braços no ar “bem cá em cima” como pediu Marisa, já não iriam baixar-se até ao final.

Com “Vai dar confusão”, um dos temas mais recentes da banda (2019), as vibes do synth-pop e funk convidaram à dança e o público respondeu de imediato a este “remake” às dúvidas existenciais que nos assolam na vida e para as quais nem sempre encontramos respostas.

Foi antes de “A Máquina” que se assistiu ao momento mais emocional do concerto e, talvez, desta edição das Festas do Mar. Quando Marisa Liz, numa voz embargada prestou homenagem ao recentemente falecido Rui Rechena, baixista da banda. A vocalista pediu, assim, uma salva de palmas ao público que também dedicou às filhas do músico presentes na assistência. A reação do público foi incrível, numa justa homenagem ao homem, ao músico e a 40 anos de inspiração.        

Os Amor Electro sabem como ninguém, misturar a modernidade com a tradição, as raízes populares e o Pop eletrónico. E depois, há estas canções. Como “Procura por Mim”, que desarmam pela simplicidade, ainda que seja muito complicado ser assim tão simples.

Milhares de pessoas em uníssono que não deixaram Marisa a cantar sozinha:  “Só é dor se for vontade/ De agarrar/ Só é fogo se queimar/Só é felicidade/ Enquanto durar”.

Convidando todos a darem as mãos, Marisa Liz desafiou o público: “Então, malta, estão fortes? Preparados para o futuro?  Então temos que mudar muita coisa… para melhor”, para logo soarem os acordes de “Juntos Somos Mais Fortes”. O hino-canção que é um dos maiores sucessos dos Amor Electro que foi adotado para hino da RTP a propósito do Europeu 2016 em França e o hino oficial do Comité Olímpico de Portugal para os Jogos Olímpicos do Brasil.  

Já na fase dos encore, “Rosa de Sangue” e o cunho vocal e interpretativo inconfundível de Marisa Liz, ofereceram ao público de Cascais um concerto magnífico, numa noite memorável.  

 “ Simplesmente”, SÔ GONZALO

Nada melhor do que um contador de histórias e uma viola para preparar o ambiente eletrizante dos Amor Electro. Esta sexta-feira o papel coube a Sô Gonzalo, cantor e compositor cuja grande inspiração sempre foi Cascais e o mar. Foi, assim, com o mar ao lado que o músico cascalense desafiou o público a ouvir e dançar temas do seu álbum “Simplesmente”.

Se para Sô Gonzalo “ a música é comunicação” e “a magia dos concertos está no público”, foi isso mesmo que aconteceu neste final de tarde, no palco principal das Festas do Mar.

Habituado a palcos mais pequenos e com um registo mais intimista, deste concerto Sô Gonzalo, que nasceu e cresceu em Cascais, disse que o que lhe vai ficar na memória é “ a quantidade de gente conhecida que deu uma energia ótima ao concerto”, acrescentando que “É mesmo como se tivesse em minha casa. Já toquei na minha cozinha com esta gente”.

O concerto começou com bastante ritmo, em que o músico foi acompanhado pela banda, o que não é habitual, visto que costuma cantar sozinho com a sua viola, mas, terminou no registo intimista e mais emotivo que é a sua marca.

Sô Gonzalo conseguiu comunicar sempre com o público e a magia aconteceu, num final de dia em jeito de cenário perfeito, “Simplesmente”.   (PL)

Cascais Digital

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