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Segurança e apelo ao voto pelas 4 freguesias do concelho
Portugal elege este domingo o próximo Presidente da República, que será o 20.º chefe de Estado do país desde a implantação da República e o sexto eleito em democracia. As primeiras eleições democráticas ensombradas por uma pandemia. Nas quatro freguesias de Cascais o ato eleitoral tem decorrido com toda a normalidade, sem incidentes a reportar e com uma boa participação.
No final da manhã já tinham votado cerca de 19% dos eleitores, conforme nos referiu Ivone Marques, diretora dos Assuntos Jurídicos da Câmara Municipal de Cascais e responsável pela organização do processo eleitoral no concelho, acrescentando que " as pessoas estão a participar e até um pouco melhor do que estavamos à espera". Ivone Marques referiu, ainda, que alguma concentração de pessoas que existiu ficou a dever-se ao facto de "não terem acatado as nossas recomendações para não irem logo à abertura das urnas" e por outro lado, " ao cumprimento estrito das regras de segurança sanitária que causa alguma morosidade no processo de votação".
As mesas de voto abriram às 8h00. Mas, em Cascais, muito antes disso já estavam a postos os membros das mesas de voto, encarregados da limpeza e os grupos de voluntários. Todos os presidentes das quatro juntas destacam o papel essencial destes voluntários no apoio aos cidadãos com mobilidade reduzida, na organização ds filas, ou orientando as pessoas e a prestar esclarecimentos.
“Queria fazer um agradecimento especial aos 135 voluntários e colaboradores que se encontram nos seis locais de voto da freguesia e aos 295 membros das mesas de voto que permitem as condições para que as pessoas exerçam o voto em segurança”, destacou Pedro Morais Soares, presidente da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril.
De facto, as recomendações que a Câmara Municipal de Cascais largamente divulgou ao longo da semana estão a ser observadas pela maioria dos cidadãos que se deslocaram ao seu local de voto, para exercerem os seus direito e dever cívico.
Também Nuno Alves, presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos e Parede registou o ambiente de normalidade que se vive neste ato eleitoral cumprido debaixo da ameaça da pandemia. Apesar de tudo, deixa o apelo a que todos cumpram o seu direito de voto que considera “essencial à continuação da democracia”.
O único incidente digno de registo foi apontado por José Filipe Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche, que apontou alguma demora no início do ato eleitoral, uma vez que algumas pessoas não acataram a recomendação da Câmara Municipal de Cascais de não se dirigirem logo às assembleias de voto na abertura das urnas. Demora essa justificada pela necessidade de introduzir os votos antecipados.
“ Temos que cumprir uma série de procedimentos para salvaguardar a segurança das pessoas o que leva a mais morosidade”, referiu o presidente face a algumas filas durante a manhã nas imediações das mesas de voto.
O êxito das operações do voto antecipado e da recolha de votos nos lares e domicílios das pessoas em confinamento, evitou ainda maior afluência no próprio dia do ato eleitoral. Pelo que só pontualmente se registou em algumas freguesias mais extensas, picos de afluência.
Até ao início da tarde já tinham votado mais de 10.000 eleitores na Freguesia de S. Domingos de Rana. Maria Fernanda Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia, destacou também o papel dos voluntários no apoio ao ato eleitoral, assim como a “equipa fantástica de funcionários da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Cascais que organizou tudo isto e que permitiu preparar tudo para que as pessoas possam votar em segurança”.
Sem incidentes a reportar nas quatro freguesias do concelho, a democracia sai, assim, a ganhar à pandemia.