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Quinta do Pisão recebe exposição sobre Aves Ripícolas

A Casa da Cal, na Quinta do Pisão, está a ser invadida por Aves Ripícolas (no bom sentido!). É que, a partir de 5 de abril e até 31 de agosto, quem por lá passar vai poder ficar a conhecer algumas destas aves típicas das zonas ribeirinhas e residentes na Quinta do Pisão, assim como participar em palestras e workshops relacionados com a temática.
As galerias ripícolas são as faixas que ladeiam rios e ribeiras, com vegetação e animais característicos e onde existe uma dinâmica direta entre os ecossistemas aquáticos e terrestres. A sua largura, composição florística e estrutura da vegetação determinam a comunidade de aves que usufruem desta zona. Alterações nestas galerias - devido, por exemplo, à agricultura - influenciam fortemente a comunidade de aves presente.
A Galinha d’água (Gallinula chloropus), o Galeirão (Fulica atra), o Mergulhão pequeno (Tachybaptus ruficollis), a Garça-real (Ardea cinerea), o Pato-real (Anas platyrhynchos), o Rouxinol-bravo (Cettia cetti) e o Bico-de-lacre (Estrilda astrild) são algumas das espécies residentes e regulares nas linhas de água, ao longo do ano, na Quinta do Pisão.
Para mais informações e inscrições contacte: 21 581 17 50 ou atividadesnatureza@cascaisambiente.pt
Curiosidades sobre espécies que frequentam a zona ripícola:
Pato-real
- Entre a época de nidificação e o inverno, o macho perde as penas coloridas e adquire uma plumagem “eclipse” mais pálida, semelhante à da fêmea.
- Consegue voar a velocidades de até 80km/h
- Põe ovos brancos esverdeados e assim que as crias eclodem a mãe orienta-as para a água e começam a nadar.
Garça-real
- As Garças-Reais foram em tempos consideradas um petisco requintado entre o povo de pescadores Mohana de sind no Paquistão. Nesta zona engordavam as aves enquanto as mantinham atadas por uma perna em águas pouco profundas.
- A Garça Real voa com o pescoço pressionado contra o corpo em forma de S.
- A Garça Real pode engolir peixes grandes inteiros
Guarda-rios
- De acordo com um mito medieval, o Guarda Rios costumava ser cinzento, mas após o Dilúvio, voou contra o sol para chegar ao céu e evitar as águas. Foi por isso que ficou com o peito queimado de laranja e as costas ficaram azuis como o céu.
- 60% da sua dieta é composta por peixe miúdo.
- A construção de barragens diminui bastante o seu habitat.
- Faz mergulhos para pescar com o seu bico até 25cm abaixo da superfície do rio.
Maçarico
- As lendas das Terras altas e das ilhas da Escócia associam o seu chamamento à tristeza. O nome galês do maçarico é guilbhorn que significa “triste lamento”.
- Os chamamentos destas aves eram considerados “gritos da Natureza” que tentavam as pessoas a aventurarem-se e lhes lembrava a tristeza em cada coração humano.
- O maçarico usa o seu bico para retirar da lama petiscos saborosos.
Galinha d’ água
• Os seus dedos bastante compridos permitem que caminhe sobre a vegetação flutuante.
- Pode ser bastante discreta, sobretudo em cursos de água de pequena dimensão com vegetação densa onde se reproduz. O seu ninho é coberto e é bem escondido na vegetação densa. Qualquer época do ano é boa para a observação da galinha-d’água na lagoa pequena da Quinta do Pisão.
Rouxinol
- De acordo com uma fábula europeia, o rouxinol canta sempre em sobressalto. A história conta que a ave tinha originalmente apenas um olho que tinha roubado da cobra-de-vidro-comum. Desde então, a cobra procura o rouxinol para se vingar e a ave canta assim para se manter acordada.
- A magnífica canção do rouxinol macho soa como uma flauta e é variada, composta por frases.
SJ/CMC