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Parque do Penedo três hectares de convívio
Antes de descerrada a placa e da cerimónia de inauguração, o parque já funcionava. A pequenada não perdia tempo e não havia, naquele espaço, equipamento desportivo, baloiço ou escorrega que os mais novos não lhes dessem uso. Para eles, na verdade, o Parque já fora conquistado.
Mas havia quase três hectares por conquistar por toda a comunidade e onde todos teriam direito ao seu quinhão de responsabilidade também, como alertaria o presidente da Câmara Carlos Carreiras, na cerimónia de inauguração: “Este espaço é vosso, construído com o vosso dinheiro, por isso cuidem bem dele”.
Ali acabava de ser inaugurado um espaço que antes, como precisaria a vereadora Joana Balsemão, era um “matagal, uma lixeira quase intransponível”.
Ora, quando se fala de Parque Urbano, explicaria a vereadora, “falamos de espaços verdes com mais de um hectare”. Este tem quase três “o que permite encaixar valências muito diversas”, um parque infantil, um circuito de manutenção, para além de zonas de estadia e de espaços verdes” e, acrescentaria Joana Balsemão: “S. Domingos precisava deste investimento (meio milhão de euros) e é por isso que a Câmara nem hesitou”, concluiria.
Mais adiante, num outro patamar deste parque, os 20 talhões seriam distribuídos pelos 20 novos hortelãos. Mas desde o espaço de lazer e convívio ao espaço das hortas comunitárias, tudo parecia ser uma boa ferramenta para uma terapia à solidão de uma vida urbana com estranhos como vizinhos, defenderia a vereadora.
“As hortas também vão ser um ponto de convívio em permanência. Vizinhos que não se conheciam ou que se conhecendo não se falavam vão poder passar a trocar sementes, trocar histórias, trocar receitas. Vão conviver e, portanto, uma horta significa muito mais do que o espaço físico que aqui vemos.”
Vasco Pereira, um dos novos hortelão do Parque do Penedo, testemunhava isso mesmo: “Vai-me permitir passar mais tempo ao ar livre, trazer as minhas filhas para o contacto com a natureza e poder conviver com as pessoas”. A família de Vasco veio do norte rural e “com a idade”, confessa, foram-se manifestando essas suas raízes: “Hoje sinto essa necessidade de um espaço mais rural dentro do ambiente urbano”, reconhecia o novo hortelão do Parque do Penedo.