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Os desafios lançados pelo Papa Francisco

O que veio o Papa Francisco dizer aos jovens (e não só) nesta visita a Portugal e a Cascais?

Pouco mais de três horas depois de aterrar em Figo Maduro, o Papa Francisco fazia o seu primeiro discurso em Portugal, no Centro Cultural de Belém (ler discurso na íntegra), lembrando a História cantada por alguns dos seus melhores poetas,  Camões e Sophia,  e nele convocava a Europa, através dos portugueses que “à vista do oceano, (…) são levados a refletir sobre os imensos espaços da alma e sobre o sentido da vida no mundo” e de um Portugal cosmopolita “que afunda as suas raízes no desejo de se abrir ao mundo e explorá-lo, navegando rumo a novos e amplos horizontes”, para um papel decisivo de reconduzir a Europa ao seu sonho de um “multilateralismo mais amplo do que o mero contexto ocidental”.

O Papa Francisco lembra que “o mundo tem necessidade da Europa, da Europa verdadeira: precisa do seu papel de construtora de pontes e de pacificadora no Leste europeu, no Mediterrâneo, na África e no Médio Oriente” e fala de uma Lisboa onde, em 2007, foi assinado “o homónimo Tratado de reforma da União Europeia” que definia como “objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos, mas que, refere “vai mais longe, afirmando que, nas suas relações com o resto do mundo contribui para a paz, a segurança, o desenvolvimento sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos humanos.” O Papa afirma que “não se trata apenas de palavras, mas de marcos miliários no caminho da comunidade europeia, esculpidos na memória desta cidade”, disse parta concluir: “Sintamo-nos chamados, todos juntos fraternalmente, a dar esperança ao mundo em que vivemos e a este magnífico país. Deus abençoe Portugal!”, concluiria o Papa.

Já no dia seguinte, na Universidade Católica (ler discurso na íntegra), e poucos momentos antes de partir para Cascais, o Papa Francisco traçou uma analogia entre o espírito científico e o espírito do peregrino: “Uma das parábolas de Jesus diz que quem encontra a pérola de valor é o que a procura com inteligência e com o espírito de iniciativa e arrisca tudo para obtê-la. Buscar e arriscar são os dois verbos do peregrino”, disse.
O Santo Padre cita o Poeta Insatisfeito de Fernando Pessoa, que “diz de uma forma atormentada, mas correta, que estar insatisfeito é ser homem” e lembra que “o caráter incompleto define a nossa condição de procurador e peregrino”.

Exorta os jovens estudantes: “procurai e arriscai. Neste momento histórico, os desafios são enormes e os gemidos dolorosos, mas abracemos o risco de pensar que não estamos numa agonia, mas num parto; não no fim, mas no início dum grande espetáculo. Por isso sede protagonistas duma «nova coreografia» que coloque no centro a pessoa humana, sede coreógrafos da dança da vida (…) tende a coragem de substituir os medos pelos sonhos: não administradores de medos, mas empreendedores de sonhos!” diz.

E lança o desafio à Escola: “À universidade que se comprometeu a formar as novas gerações, seria um desperdício pensá-la apenas para perpetuar o atual sistema elitista e desigual do mundo com o ensino superior que continua a ser um privilégio de poucos. Se o conhecimento não for acolhido como uma responsabilidade, torna-se estéril. Se quem recebeu um ensino superior – que hoje, em Portugal e no mundo, continua a ser um privilégio –, não se esforça por restituir aquilo de que beneficiou, significa que não compreendeu profundamente o que lhe foi oferecido”.

Recolha HC/CMC

 

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