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Nick Kyrgios está de volta ao Millennium Estoril Open

O australiano Nick Kyrgios, um dos mais eletrizantes tenistas do circuito profissional irá competir na quarta edição do único evento nacional inserido no calendário do ATP World Tour. Um dos mais carismáticos e controversos jogadores do mundo, foi mesmo campeão de popularidade aquando das suas duas participações anteriores no Clube de Ténis do Estoril.

O jovem de 22 anos e 20º da hierarquia masculina (já foi 13º) junta-se assim ao sul-africano Kevin Anderson, actual número 9 mundial, e ao jovem inglês Kyle Edmund, que esta semana substituiu Andy Murray enquanto número um britânico, no lote de participantes já confirmados para a edição de 2018 do maior evento tenístico português – agendado entre 28 de Abril e 6 de Maio.

“Sendo talvez o mais espectacular jogador do circuito, é cada vez mais difícil para qualquer organização assegurar a participação de Nick Kyrgios. Nós conseguimo-lo porque existe já uma relação de amizade com ele e com o seu agente, mas foram necessários muitos meses de negociações até podermos anunciar que irá competir novamente no Millennium Estoril Open. Prevaleceu a cumplicidade existente e também a vontade de estar presente, depois da desistência à última hora na edição do ano passado, devido à morte do seu avô”, revela João Zilhão, diretor do torneio. “Ele é muito carismático e dono de um enorme talento reconhecido por todos. As excelentes recordações que levou também contribuíram para a decisão final de regressar ao nosso país, onde goza de enorme popularidade e impacto junto do público”.

MEMÓRIAS, MOMENTOS E ADEPTOS ESPECIAIS

As declarações do jovem de Camberra refletem os bons momentos passados em Portugal e a relevância que o cteve na sua carreira. Para mais, o virtuosismo de Nick Kyrgios adequa-se perfeitamente ao mote da edição deste ano do torneio: ‘A Arte do Ténis’.

“Estou entusiasmado por regressar ao Millennium Estoril Open, sobretudo depois de, no ano passado, um motivo de força maior me ter impedido de jogar. O ambiente do torneio, o carinho dos adeptos e a beleza da área de Cascais são ideais para começar a minha temporada em terra batida e trazem-me recordações verdadeiramente especiais, até porque foi em Portugal que joguei a minha primeira final do circuito ATP e que comemorei o meu aniversário nos dois anos em que joguei o torneio”, sublinhou Nick Kyrgios.

Em 2015, o australiano celebrou o seu aniversário na festa oficial dos jogadores e foi surpreendido com um bolo personalizado. Perdeu somente no derradeiro encontro diante de um Richard Gasquet em estado de graça, mas levou a confiança necessária para bater Roger Federer poucos dias depois, no Masters 1000 de Madrid.

Em 2016 jogou no seu dia de anos e voltou a ser surpreendido, com a organização a colocar nos ecrãs gigantes do Estádio Millennium um vídeo que teve a participação dos pais, do irmão, da namorada Alja Tomljanovic e de vários jogadores amigos, incluindo Andy Murray; foi presenteado com um bolo no court e os espectadores que lotavam o Estádio Millennium cantaram-lhe os ‘Parabéns a Você’. Acabaria por ceder nas meias-finais diante do futuro vencedor, Nicolás Almagro. Nesse ano tornou-se mesmo no primeiro australiano a ganhar três títulos numa temporada (Marselha, Atlanta, Tóquio) desde Lleyton Hewitt – o seu atual capitão na Taça Davis que, tal como ele, também tinha batido Federer, Nadal e Djokovic à primeira, mas num estado incipiente das respetivas carreiras.

Em 2017, Nick Kyrgios ganhou a Novak Djokovic em encontros consecutivos e protagonizou com Roger Federer nas meias-finais do Masters 1000 de Miami um dos melhores duelos da temporada, tendo atingido a final no Masters 1000 de Cincinatti e em Beijing.

Este ano, Nick Kyrgios somou o seu quarto título individual em Brisbane e perdeu com o número três mundial Grigor Dimitrov num compromisso de alta voltagem referente aos oitavos-de-final do Open da Austrália.

TÉNIS ESPETACULAR, PERSONALIDADE POLARIZANTE

O australiano foi o primeiro da nova geração a saltar para a ribalta, em 2014, graças a uma cintilante vitória sobre Rafael Nadal que entrou para a lenda de Wimbledon e no qual alinhou 37 ases (nunca na sua carreira o espanhol havia sofrido tantos ases) – e ainda conseguiu desferir um winner entre as pernas que entrou diretamente para o naipe das melhores jogadas do ano.

Para além de destacados resultados um pouco por todo o mundo, Nick Kyrgios deixou excelente cartel por terras lusas e revelou-se não só inexcedível no contacto com os adeptos e nas várias ações de promoção efetuadas durante a sua estadia no concelho de Cascais, como também seduziu o público português pelo repentismo do seu ténis. Dotado de um estilo explosivo, está apetrechado de argumentos atacantes dignos dos grandes campeões australianos do passado, mas com um cunho moderno que assenta sobretudo num serviço-canhão e num poderoso golpe de direita, acompanhados de regulares incursões à rede, sem esquecer ousadas pancadas entre as pernas ou de costas para a rede.

A elevada estatura (1m93), as origens multirraciais e culturais (mãe malaia, pai grego) e o visual de ídolo da juventude (corte de cabelo, equipamentos vistosos) também contribuem muito para a aura que, a par de uma reputação algo controversa, faz dele o mais polarizante jogador no circuito profissional masculino e merecedor de honras de capa na revista do New York Times. “Nick Kyrgios é o futuro do ténis”, chegou a afirmar John McEnroe; “é o protótipo perfeito para a modalidade. As pessoas querem jogadores que mostrem a sua personalidade, as suas emoções. Querem heróis”. Outro antigo campeão, Mats Wilander, referiu mesmo que “Nick Kyrgios é o jovem mais entusiasmante que temos no ténis. Não sei se terei alguma vez visto alguém melhor como valor de entretenimento”.






 

 


Cascais Digital

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