Millennium Estoril Open 2023: mais de 40.000 espetadores marcaram presença na prova

Foi a um domingo de Páscoa, dia 9 de abril, que terminou a memorável 8.ª edição do torneio de ténis Millennium Estoril Open. Como não podia deixar de ser, o sol e as temperaturas amenas (por vezes, bem quentes) que acompanharam os nove dias de competição, mantiveram-se para o último dia e o fiel público encheu o Estádio Millennium, para ver a grande final. Ao todo, foram mais de 40.000 pessoas que entre 1 e 9 de abril, assistiram aos jogos daquela que é a maior competição de ténis em Portugal.

A jogar pela primeira vez o Millennium Estoril Open, o norueguês e primeiro cabeça de série do torneio Casper Ruud (n.º 5 mundial) venceu o sérvio Miomir Kecmanovic (40.º), pelos parciais de 6-2 e 7-6 (7-3), após 1h49, levantando o primeiro título da temporada e o 10.º da carreira (dos quais nove foram em terra batida).

“Trataram-me muito bem, os estádios estiveram sempre cheios nos meus encontros, os fãs foram incríveis, boa comida, bom ambiente. E é tudo muito tranquilo no clube. Os campos são mesmo ao lado do ginásio. E tive também boas experiências fora do court e isso é sempre importante quando um jogador decide se volta ou não”, disse Casper Ruud após a partida.

O jogador norueguês cativou os fãs pela sua postura dentro e fora do court. “O Casper Ruud é encantador. É extraordinário com as crianças, com os sponsors, com os media, e com todas as pessoas que contactaram com ele. Jogou um ténis de altíssimo nível e eu gosto de ter os campeões em título de volta e faremos esforços para trazer o Casper novamente para o ano”, afirmou o diretor do torneio, João Zilhão.

De recordar que, para chegar à final, Ruud teve de superar João Sousa (campeão de 2018), Sebastian Baez (campeão de 2022) e o surpreendente Quentin Halys, passando agora a ser o jogador com melhor classificação do ranking ATP a erguer o troféu.

Além da vitória do tenista norueguês, a final de singulares teve outro momento marcante. O árbitro de cadeira português, Carlos Ramos, encerrou a sua carreira, arbitrando o encontro decisivo do Estoril Open. "A minha carreira começou em Lisboa, em Portugal, na outra versão do Estoril Open. Era normal e óbvio que acabasse no Estoril Open. Acaba, é uma página que se vira, com imensa gratidão, com imensa humildade. O ténis e a arbitragem fizeram de mim a pessoa que sou hoje", disse Carlos Ramos durante a homenagem que lhe foi feita pela organização. Um dos melhores árbitros do mundo, Carlos Ramos foi o primeiro a completar o Golden Grand Slam, ao arbitrar todas as finais masculinas dos quatro Grand Slams (Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open) e dos Jogos Olímpicos (Londres 2012).

Neste domingo, disputou-se também a final de pares do Millennium Estoril Open 2023. A dupla belga Sander Gille e Joran Vliegen venceu os sérvios Nikola Cacic e Miomir Kecmanovic, pelos parciais de 6-3 e 6-4. Apesar da derrota, Kecmanovic (vice-campeão em singulares) tornou-se no primeiro tenista a disputar as duas finais da mesma edição, na história deste mítico torneio português.

“Foram nove dias do melhor ténis em Portugal. Ver as bancadas cheias com milhares e milhares de pessoas ao longo destes dias é extraordinário. Parabéns aos espetadores, à organização e a Cascais, por este magnífico evento. Que venha mais ténis para o próximo ano!”, disse o vereador com o pelouro do Desporto na Câmara Municipal de Cascais, Francisco Kreye.

Em 2024 estará novamente tudo em jogo, com o Millennium Estoril Open a regressar ao Clube de Ténis do Estoril, e a iniciar-se precisamente onde terminou este ano: no fim de semana de Páscoa.

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