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Mel de todas as formas no Mercado da Vila
As doze bancas em exposição venderam mel em diversas formas, como em favos, geleia real e rebuçados. O mel em si esteve disponível nas mais variadas qualidades. José Duarte, produtor de mel, explica: "as variedades são infindáveis. Desde que exista floração, pode fazer-se mel desse tipo. No período de floração, colocam-se as abelhas na plantação respetiva. Quando finda, retira-se o mel, para garantir o sabor mais acentuado possível."
Alguns exemplos incluem mel de castanheiro, alecrim, carvalho ou medronho. "Tudo depende do tipo de flores ou frutos que se queira utilizar", diz José Duarte, "dos mais suaves, como laranjeira e rosmaninho, eucalipto, que é intermédio, ou mais fortes, como o de urze e o multifloral, que só se recolhe uma vez por ano."
Mas também é possível tomar contacto com as múltiplas utilizações que esta matéria-prima pode ter. O mel e outros produtos apícolas, derivados das abelhas, servem de base para produtos de saúde e cosmética e até calçado, fatos, malas e móveis domésticos.
Como descreve a vendedora Helena Coelho, podemos encontrar "própolis, que é considerado um antibiótico natural. Pode ser ingerido e faz bem à garganta, tosse, constipações. Também pode ser usado na pele, para curar feridas ou queimaduras, ou tratar calosidades e gretas nos pés, varizes nas pernas, ou como batom para o cieiro. O que tem própolis, é garantido que é bom." Existe também veneno de abelha, "útil no combate a dores, como reumático e tendinites." E cremes para o rosto, para as mãos e protetor solar. E ainda, para temperar saladas, vinagre de mel. Tudo cem por cento nacional.
Quanto à doçaria conventual, esteve bem representada. Pastéis de vários tipos, sericaia, trouxas de ovos, barcas e ovos moles de Aveiro.
A entrada é gratuita e a curiosidade também.