Ironman Cascais põe 3.000 atletas a competir e portugueses entre favoritos

O Ironman 70.3 Cascais vai ter este domingo a competir atletas 2820 atletas de 75 nações, esperando-se em Cascais 9000 visitantes, com um impacto esperado de sete milhões de euros para a economia local. “É uma das provas mais concorridas do mundo", destacou Jorge Pereira, diretor do Ironman Portugal, durante a apresentação do evento.

Já Agusti Perez, diretor internacional do Ironman para Espanha, Portugal e Itália, sobre o Ironman Cascais, destaca as "melhorias a cada edição da prova, que já se tornou numa referência mundial".

Mas, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, deu o mote para desafios maiores.

"Cascais é cada vez mais atrativo e competitivo, também com a ajuda da organização de provas desta grandeza. Tenho a certeza de que, no domingo, vamos festejar o sucesso desta prova e com a ambição de que a organização internacional vai considerar que temos todas as condições para organizar o Full Ironman, que é o nosso objetivo. Seria algo inédito no país", avançou Carlos Carreiras.

Nesta 3ª edição, o destaque luso vai para João Silva, atleta olímpico que terminou a edição de 2018 no segundo lugar do pódio, e para Filipe Azevedo, um dos triatletas mais bem cotados da atualidade e vencedor do IRONMAN 70.3 Xangai no ano passado.

"Vou dar o meu melhor, tal como no ano passado, em que isso se traduziu no segundo lugar. Espero que as coisas corram bem e, apesar de ter feito ultimamente bons resultados em distâncias diferentes, espero conseguir colher frutos desse trabalho", defendeu João Silva.

Entre as participações femininas nacionais, Vanessa Pereira, penta campeã nacional de longa distância, é uma das favoritas. Até porque, como ela reconheceu, conta com uma vantagem em relação à concorrência: "Sinto-me bem, vou dar o meu melhor e tenho a vantagem de conhecer muito bem o percurso, pois é onde treino. O sonho é ganhar e, como não existem impossíveis, quem sabe?".

No plano internacional, as grandes figuras são o espanhol Javier Gómez Noya e o francês Denis Chevrot. O atleta galego, nascido na Suíça, tem no palmarés cinco vitórias no campeonato do mundo da modalidade e Chevrot já sabe o que é vencer em Cascais, uma vez que conquistou a edição de 2017 da prova IRONMAN 70.3 portuguesa.

“Posso ser favorito pelo meu palmarés, mas tenho de demonstrar em prova que sou melhor e dar o máximo para bater a concorrência que é forte. Mas adoraria ganhar em Portugal", afirmou Javier Noya hoje na conferência de imprensa.

Sendo uma das edições mais concorridas da Europa, o Ironman Cascais quer ser também conhecido com um dos mais sustentáveis do mundo, através da adoção de um conjunto de medidas que têm como objetivo reduzir a pegada ecológica e contribuir para a descarbonização.

Entre essas medidas, contam-se a redução de mais de metade do número de garrafas de plástico (menos 10 000 garrafas) no abastecimento de corrida; A opção pela utilização de copos de papel de forma a mitigar a utilização de plástico; A abolição da distribuição de brindes de forma a diminuir o consumo de matérias-primas; Os chips de identificação dos atletas são reutilizáveis e o termo de responsabilidade é digital; O excedente alimentar será encaminhado para instituições de solidariedade social.

Outra das medidas implementadas relaciona-se com o material usado na montagem do evento, assim como a sinalética, maioritariamente compostos por materiais reutilizados como forma de diminuir a pegada carbónica, material e hídrica. Assim como, o aumento da eficiência na separação de resíduos, através da recolha seletiva no decurso do evento. -

 Das 800 pessoas que estão a trabalhar no evento, 450 são voluntários, na sua maioria, do concelho.