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Horta da Quinta do Pisão abre ao público | Escolher ainda na terra os legumes que se quer levar é uma das possibilidades deste espaço

No passado domingo, 15 de dezembro, a Quinta do Pisão abriu as portas com um programa diferente preparado pela Câmara Municipal de Cascais para dar a conhecer a horta da maior quinta às portas da capital. A partir deste dia, quinzenalmente, passa a ser possível escolher e colher os legumes que se quer comprar. Produzidos na horta da Quinta, os produtos biológicos estão agora à venda contribuindo para a sustentabilidade deste espaço natural. Para assinalar a abertura da horta houve atividades para todos, como passeios de burros lanudos e visitas aos borregos nascidos há poucas semanas.

Couves, pimentos, alfaces e beterrabas são alguns dos legumes e hortaliças de época produzidos na horta da Quinta do Pisão e que cada um pode escolher e colher para fazer o seu próprio cabaz. A colheita acontece a cada 15 dias e será sempre acompanhada por técnicos municipais, que prestarão esclarecimentos sobre agricultura biológica.

Para assinalar a abertura da horta houve visitas às ovelhas e aos borregos que vivem na Quinta, bem como passeios de burro gratuitos, numa ação que contribuiu para dar a conhecer os novos moradores na Quinta: oito novos burros da raça Asinina de Miranda, que se encontra em vias de extinção. Os burros lanudos mirandeses desempenham, juntamente com as ovelhas, um importante papel na gestão das pastagens locais.

Promovida pela Câmara Municipal de Cascais, esta iniciativa vem dar continuidade à dinamização da Quinta do Pisão no sentido de torná-la um espaço privilegiado de usufruto não apenas dos munícipes de Cascais, mas de toda a população de Lisboa e arredores. Com 360 hectares de área inserida no Parque Natural de Sintra-Cascais, a Quinta é um espaço riquíssimo em termos de fauna e flora, albergando ainda um importante património histórico, cultural e arquitetónico do concelho.

Nos últimos anos a Câmara Municipal tem desenvolvido um vasto programa de recuperação ambiental e patrimonial em toda a área. Graças a esse trabalho, hoje qualquer pessoa pode passear à vontade pela Quinta do Pisão ou participar nas atividades de Natureza que se realizam frequentemente no local, como percursos interpretativos da fauna, flora e do património arquitetónico, passeios nos burros lanudos, ateliês temáticos, plantações de árvores autóctones, ações de manutenção do espaço natural, entre outras. A programação pode ser consultada em www.cm-cascais.pt.

Breve história da Quinta do Pisão | O espaço da Quinta do Pisão foi, desde tempos remotos, dedicado à atividade agro-silvo-pastoril, facto que deixou marcas ainda hoje visíveis na organização estrutural da paisagem, resultando na criação de habitats e nichos ecológicos importantes para a preservação da biodiversidade local e do património histórico-cultural. Na Quinta encontra-se a gruta de Porto Covo, onde foram encontrados vestígios tanto de uma comunidade do Período Calcolítico como de enterramentos humanos que datam da Idade do Bronze. Já durante a Idade Média desenvolveu-se, no local, o Casal de Porto Covo, com a existência de uma capela e equipamentos de apoio a atividades agrícolas - estábulos, eiras, fornos, poços - que recentemente foram alvo de recuperação e hoje estão abertos à visitação do público. Durante o século XIX a Quinta recebeu a produção de cal, sendo que os fornos antigos também podem ser visitados. Nas primeiras décadas do século XX o espaço tornou-se numa colónia agrícola gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais. Hoje todo o espaço é gerido pela Câmara Municipal de Cascais que, além de promover a recuperação das áreas agrícolas e florestais, está a dinamizar a repovoação da fauna e a promover uma maior ligação com a população através das atividades desenvolvidas ao longo do ano.

 

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