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A História das Histórias de Paula Rego que a Casa expõe

"A Coleção da CHPR em diálogo", inaugurou hoje, quando passam 15 anos da abertura do Museu da Casa das Histórias Paula Rego, e está patente até 26 outubro de 2025.

Um Museu, disse Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, que tem contado “boas” histórias, através de um programa contínuo de exposições, “todas elas muito importantes, reconhecidas pelos que gostam da obra ou que têm interesse em conhecê-la, e também pela crítica especializada.”

Mas a obra e a sua divulgação não podem ser dissociadas do Museu Casa das Histórias Paula Rego, que comemora hoje 15 anos. “Estes 15 anos são a prova”, diz Salvato Teles de Menezes, “de que a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luís I”, a entidade que por decisão da autarquia gere aquele equipamento, “tem desenvolvido uma política correta, adequada à manutenção e até à expansão da obra”, os empréstimos a outras exposições que se têm realizado em todos os cantos do Mundo, sustenta o presidente da Fundação.

Nos últimos anos, garante Salvato Teles de Menezes, “o interesse pela obra Paula Rego é extremamente significativo”,  dando como exemplo o facto de, como lhe terá sido comunicado por Nick Willing, filho da pintora, “entre este ano e o próximo ano haverá cerca 27 exposições na Europa, nos Estados Unidos, em diversos sítios do Mundo”, o que revela, refere Salvato, “o interesse cada vez maior e o papel importante da CHPR como ponto de partida para a evolução do interesse mundial pela obra de Paula Rego”.

Esta exposição, designada “"A Coleção da CHPR em diálogo”, expõe, refere Catarina Alfaro, curadora do Museu, “além da coleção que resulta, em grande parte da doação de Paula Rego, na altura da constituição do Museu”, a comissão paritária tem vindo a “colmatar algumas lacunas dessa coleção com depósitos a longo prazo de vários colecionadores particulares”.

Como explica Catarina Alfaro, as salas foram divididas por “temáticas fortes na obra de Paula Rego”. A primeira sala, explica a curadora, é dedicada à biografia da pintora, incluindo obras em que ela se autorretrata. Numa segunda sala estão expostas as obras do início da sua carreira (anos 50,60 e 70), “dando destaque a uma obra recentemente adquirida pelo município, designada o Rei Canuto”, uma obra, “de um experimentalismo incrível e com uma paleta de cores muito atualizada e que revela o que Paula Rego pretendia quando se propôs tratar os contos tradicionais e populares de todo o mundo, como base do seu trabalho”.

Na sala três, explica Catarina Alfaro, “surgem uma série de gravuras, as Nursery Rhymes, que deram origem a um bailado, e é o cruzamento que se conhece de Paula Rego com as artes de espetáculo”. Numa outra sala, refere a curadora “procurou-se desconstruir as obras da criação, através da teatralidade, da maneira como ela constrói as obras através da encenação e, a última sala, é dedicada às mulheres e às suas emoções fortes. É a mais abrangente mostra da coleção alguma vez realizada”, conclui Catarina Alfaro.CMC/HC/MC/LB

Cascais Digital

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