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Futuro do turismo nas cidades debatido em Madrid

“O conceito de turismo de massas é antagónico ao de turismo sustentável”, disse Carlos Carreiras

Cascais esteve hoje, 14/05, em destaque, em Madrid, na conferência “O futuro do turismo nas cidades portuguesas e espanholas”, em que participaram Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal e Cascais, e Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto e os seus homólogos de Madrid e de Málaga, o presidente de Turismo de Barcelona e a presidente das Associações Empresariais das Ilhas Baleares. Promovida pela Sociedad Barcelonesa de Estudos Económicos e Sociais (SBEES), com apoio da CaixaBank, a sessão visou debater o papel do setor turístico como um dos principais motores de desenvolvimento da economia espanhola e portuguesa.

Considerado um setor chave para definir a construção das cidades, quer do ponto de vista urbanístico, quer no que respeita à oferta de serviços, cultura e emprego, o turismo nas cidades do futuro implica a definição de novas estratégias comuns e de um compromisso de colaboração. O objetivo é gerar um desenvolvimento turístico bom para quem visita as cidades, mas também para quem nelas vive.

Em cima da mesa estiveram questões como a formação dos trabalhadores, a gestão em benefício das cidades, a capacidade de proporcionar a melhor experiência dos visitantes, garantindo, ao mesmo tempo o civismo, mas também fatores fundamentais como a sustentabilidade, a segurança e a disponibilidade de infraestruturas (aeroportos e portos).

A discussão, em última análise, pretende levar à formação de acordos entre as principais cidades portuguesas e espanholas e criar ofertas culturais e desportivas, tirando partido da tecnologia. Conduzidos pela jornalista Carmen Morodo, a sessão de trabalho foi aberta pelo ministro da Indústria e Turismo, Jordi Hereu Boher, e encerrada por Alberto Núñez Feijóo, presidente do Partido Popular.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais teve oportunidade de expor no debate que, para uma boa gestão de um destino turístico como Cascais, onde há atividade turística durante todo o ano, “é fundamental saber quem nos visita e quais as suas motivações, interesses, locais de visita e atividades praticadas. Ao conhecermos os nossos atuais turistas saberemos melhor qual o seu potencial contributo para o desenvolvimento da cidade. Poderemos antecipar possíveis zonas de impacto (e evitar o excesso de visitas) e bairros onde o desenvolvimento turístico é importante”.

Ciente de que os grandes destinos turísticos vizinhos partilham as mesmas dinâmicas, os mesmos problemas e eventualmente os mesmos turistas, o autarca de Cascais reforçou que estes “terão necessariamente de colaborar”. E aproveitou para deixar o alerta: “O conceito de turismo de massas é antagónico ao de turismo sustentável, os dois não podem coexistir. Para um turismo mais sustentável teremos de ter uma capacidade de carga definida que consiste no nosso compromisso com um número máximo de visitantes, que não entre em conflito com a vida dos residentes”.

Carlos Carreiras reconheceu que “a partilha de conhecimentos é benéfica para todos”, pois, embora todos os sítios sejam diferentes, têm pontos comuns, os quais podem ser analisados em conjunto. “A troca de ideias e de informações é a melhor forma de todos aprendermos com os nossos erros”, disse, reforçando que “cada município terá sempre a sua estratégia particular, porque não há dois sítios iguais”.

Cascais Digital

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