De Lviv até Cascais | Mais 41 refugiados acolhidos

A chegada aconteceu a 16 de abril. Para trás deixam as casas completamente destruídas após cinco semanas de bombardeamentos que os obrigaram a refugiar-se nas caves e abrigos. Com idades entre 18 meses e os 78 anos, na sua maioria mulheres, alguns percorreram longas distâncias debaixo de fogo e bombardeamentos para chegar a Lviv, perderam familiares no caminho. A guerra colocou as suas vidas em suspenso, mas a intervenção da Missão Ucrânia e Paz na Europa deu-lhes um novo alento, conduzindo-os ao seu novo porto de abrigo, o Centro de Acolhimento de Cascais. Aqui encontram não só alojamento temporário, como apoio na sua inscrição junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e nas escolas do concelho, ajuda na aprendizagem da língua portuguesa, na procura de trabalho e na identificação de uma família amiga que permita um acolhimento mais familiar enquanto a guerra impedir o regresso à Ucrânia.

“Estabeleci contacto com o presidente Carlos Carreiras porque ele tem sido fantástico no apoio aos refugiados. Cascais tem sido fantástica”, esclarece Ana Sofia Lopes, médica dentista de 45 anos, residente em Cascais, membro da Missão Ucrânia e Paz na Europa, sendo que a maioria dos membros reside no Porto. Na calha está já a próxima missão: “agora a nossa ajuda vai ser canalizada para onde for mais necessária”, somando-se aos seis camiões TIR já enviados para o território em guerra

Os fundos que proporcionaram a viagem foram angariados junto de entidades privadas e, ao todo, foi necessária uma semana para o grupo trazer até Cascais, onde agora encontram todo o acolhimento de uma comunidade solidária.

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CMC/FH