Covid-19 | Câmara prepara Pacote Social para enfrentar a crise

Cascais vai ter em breve capacidade para proceder a 550 testes diários de rastreio ao CODIV -19, contando já com a capacidade instalada no Centro de Congressos do Estoril para efetuar 400 desses rastreios, revelou Carlos Carreiras, presidente do município.

De acordo com as notícias difundidas pela comunicação social, Portugal tem atualmente capacidade para proceder a 2 mil testes diários, assim sendo só Cascais tem cerca de 25% dessa capacidade, acrescentou o autarca.

O presidente da Câmara esclareceu ainda a questão relacionada com quem pode recorrer aos testes de rastreio, sublinhando que a prioridade absoluta serão os utentes do Serviço Nacional de Saúde, para quem os testes serão totalmente gratuitos e que outros utilizadores a pagarão apenas o diferencial que não seja coberto pelos planos de saúde que possuam.

A necessidade de prescrição médica é um imperativo- embora contrariando a própria opinião do autarca que considerava mais correto a possibilidade de todos os cidadãos poderem fazer o rastreio- mas que face “há falta de testes” a nível nacional e internacional houve que definir regras. Apenas pela dificuldade relacionada com a chegada dos produtos para a realização dos testes é que o centro de rastreio, em São Domingos de Rana – que terá capacidade para realizar 150 testes diários-, ainda não abriu, esperando Carlos Carreiras que essa abertura seja para muito breve.

acordo com o que revelou, a Câmara de Cascais também já encomendou 25 mil autotestes cuja fiabilidade, testada em vários países, nomeadamente na Coreia do Sul, é muito elevada. Carlos Carreiras, falava na reunião do executivo que se realizou esta terça-feira no Centro de Congressos de Cascais.

A reunião do executivo obedeceu às regras estabelecidas pela Direção Geral de saúde, mantendo os vereadores a distância recomendada e munidos dos meios de proteção e a própria geografia da sala sofreu alterações.

Na resposta às questões levantadas pela vereadora do PCP – que salientou que o “executivo tem estado bem”, nas ações de prevenção e combate a este surto epidémico, colocando contudo algumas questões nomeadamente sobre a desinfeção dos transportes, a segurança dos trabalhadores da Câmara, nomeadamente os que têm de assegurar serviços de limpeza, salubridade e ainda questões como o preço da água e apoio social às famílias carenciadas. Carlos Carreiras respondeu com dados precisos, a todas as questões colocadas. Exemplificou a desinfeção de todo material circulante, incluindo táxis e veículos das forças de segurança e bombeiros com produtos cuja eficácia se prolonga por 10 dias, embora o município vá encurtar esse período para cada 8 dias.

Contudo, Carlos Carreiras mostrou preocupação no que respeita à desinfeção dos comboios da CP, pois ao contrário do que acontece, por exemplo no metro de Lisboa e Porto, como em todo material circulante de Cascais, não tem informações sobre se nos comboios se estará a proceder a medidas de higienização e desinfeção. Em relação ao preço da água, Carlos Carreiras sublinhou que o custo da mesma resulta da venda que a EPAL faz ao concelho de Cascais, que é o mais caro de toda a Área Metropolitana de Lisboa.

Para o presidente da Câmara todas estas questões, face às condicionantes que resultam da atual situação de emergência nacional têm de ser analisadas num todo e por isso definida que foi a principal prioridade de medidas de urgência de prevenção e combate à pandemia, e que agora estão a ser analisadas todas as medidas de ação social, de apoio ás famílias, às empresas nomeadamente as pequenas e micro empresas vão ser incluídas num pacote social, que abrange a totalidade das situações geradas pela atual crise.

De acordo com os dados revelados por Carlos Carreiras a perspetiva é que com a atual situação a Câmara terá uma diminuição de 60 milhões de euros nas suas receitas.

Consulte aqui o pacote global de medidas adotadas em Cascais no âmbito do Covid-19