CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

Conferências do Estoril 2024 deixam mensagem de esperança

“Cascais está e estará sempre de braços abertos para receber as Conferências do Estoril”

Sob o tema “Time to Rethink”, dividido em cinco grandes áreas: Planeta, Paz, Políticas, Inteligência Artificial & Tecnologia e Saúde & Longevidade, na 9.ª edição as Conferências do Estoril, voltaram a trazer ao concelho de Cascais um vasto leque de pensadores “capazes de quebrar a casca do nosso pensamento para nos levar a redescobrir soluções para os problemas do mundo”, como salientou Laurinda Alves, Diretora das CE e de “Diversidade, Equidade e Inclusão” na Nova SBE.

Ao fim de dois dias intensos de debate, na Nova SBE, em Carcavelos, com um sentimento de dever cumprido e já com olhos postos em 2025, terminou esta tarde a 9.ª edição das Conferências do Estoril. Um espaço de reflexão que voltou a juntar mentes de todo o mundo para Repensar o que queremos para o futuro da humanidade.

As CE encerraram com uma mensagem de esperança num mundo melhor, em que a capacidade de negociação e os contributos da ciência, da Inteligência Artificial e da Tecnologia fazem toda a diferença, ou não fossem estas conferências “um catalisador de novas ideias e de propostas para o desenvolvimento sustentável e para a cooperação internacional”, como referiu, na sessão de encerramento, Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais. “Ao longo destes dois dias, ficou claro que os desafios do nosso tempo, onde a guerra e os problemas ambientais fazem parte da nossa realidade diária, exigem mais do que apenas palavras. É preciso agir. É preciso procurar soluções inovadoras que respondam à urgência de preservar a paz num mundo cada vez mais fragmentado, e que promovam sociedades mais justas e inclusivas”, disse (ler discurso na íntegra).

Ana Paula Martins, ministra da Saúde, reconheceu que “estas conferências demonstram o muito que há a fazer. Convidam-nos a pensar fora da caixa e a não depender de soluções já existentes. Levam-nos a repensar e a garantir que a inovação e o compromisso social continuam a ter as pessoas no centro da sua preocupação”.

No arranque do segundo dia, Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação abriu os trabalhos, reconheceu ser a Nova SBE “um dos melhores exemplos que temos em Portugal na área da educação, ciência e inovação, o que faz com que o nosso país faça parte da procura de soluções para enfrentar os problemas que Portugal, a Europa e o Mundo enfrentam”. Frederico Pinho de Almeida, na audiência, reforçou: “A educação é o pilar base da sociedade para a consolidação dos sistemas democráticos do mundo”, disse

Da guerra na Ucrânia e da dificuldade em encontrar uma solução que devolva a paz ao mundo, às obsessões no plano da saúde que estão a prejudicar a resposta em cuidados de saúde, passando pela necessidade de prestar maior atenção à sabedoria popular, ao que comemos e à forma como usamos a energia no mundo, os diferentes oradores que passaram pelo palco desta segunda manhã das CE, deixaram sempre uma nota de confiança no futuro, especialmente dirigida às camadas mais jovens: “A esperança são vocês. Se confiarem em vós tudo será possível”, como referiu Dalia Grybauskaite, antiga presidente da Lituânia.

O cantor e compositor Dino Di Santiago partilhou com a audiência como é possível “transformar a dor em amor” e apresentou a sua “Mundu Nôbu”, uma casa onde os sonhos não morrem, estabelecendo a comparação coma s CE: “Estamos aqui num espaço , onde a ciência e a inovação são trabalhadas na primeira instância, para um futuro com grandes líderes”.

Teresinha Landeiro, 28 anos, antiga aluna da Nova SBE encerrou com fado a edição 2024 das Conferências do Estoril com alusão as principais preocupações que afetam a sociedade, como a dependência das redes sociais, ou o tempo que urge para repensar o mundo.

Criadas em 2009 pela Câmara Municipal de Cascais, as Conferências do Estoril terminam hoje na Nova SBE, em Carcavelos, numa co-organização entre a NovaSB, CMCascais e Nova Medical School e o Harvard Digital Data Design Institute.


Frases ditas:

Dalia Grybauskaite (antiga presidente da Lituânia): “Não há volta. É connosco. Conseguimos travar isto ou não?”, sobre a guerra na Ucrânia. “Sabem como Puttin se apresentou à saída da última reunião dos BRICS? Como Líder não formal do mundo… Se permitirmos ele vai tornar-se líder”. “Guerra global? Não é pessimismo… é a realidade. É um convite para lutarmos pela Paz, para não ceder”. “A esperança são vocês [jovens]. Se confiarem em vós tudo será possível. Tudo depende de vós. Tudo é possível”.

Elbegdorj Tsakhia (antigo president da Mongólia): “Apoio o povo ucraniano. A Ucrânia está a lutar para existir, temos de apoiar isso”. Sobre a visita de Puttin à Mongólia: “todos são livres de vir à Mongólia, ninguém o vai prender. Se acreditam na liberdade das ideias, venha, à CE. Se acreditam na Democracia venham à Mongólia”. “Nelson Mandela disse que sempre parece impossível até acontecer… Temos de pensar nisso”. “Se temos um adversário poderoso temos de acordar cedo e trabalhar muito. Temos de nos sentar e negociar cara a cara”. “Nunca se é velho demais para aprender, nem nunca se é demasiado jovem para liderar. Liderem”, desafio aos jovens.

Mehdi Jomaa (antigo Primeiro Ministro da Tunísia): “O sistema internacional, da ONU ao Banco Mundial, ou ao FMI não são mais a base da governança mundial. Se temos um novo poder, como podemos manter a mesma base? Não podemos ter um Governo mundial que não esteja em conformidade com a realidade da população. Temos de nos sentar e negociar à volta da mesa e não com armas”. “A forma como estamos a tratar da guerra pode resultar que um dia, acordemos e percebamos que perdemos o controlo” “[Vocês] Deram-me esperança, uma sala cheia. Deram-se mesmo esperança hoje”

Sir Richard Roberts, Prémio Nobel em Medicina e Psicologia, painel “Porque devemos amar as bactérias – Os grande heróis ocultos deste mundo”: Temos milhões de células e dez vezes mais bactérias que nos ajudam a viver. Se as matarmos morremos”.

Alexandra Jønsson, painel “Está a obsessão a transformar o envelhecimento numa doença? Sobrediagnóstico e Medicalização na velhice”:  As obsessões podem prejudicar os cuidados de saúde porque consomem recursos. O que vemos é que mesmo uma pessoa com diferentes patologias, continuam a ser testadas para outras doenças menos invasivas num exagero de utilização de recursos… temos de ser mais sustentáveis”. “Tratar as pessoas cada vez mais velhas para que vivam mais tempo, mas que nunca vão melhorar… isso não faz sentido. A obsessão está a crescer de há 15 anos para cá. Não devíamos ser sobretestados para doenças das quais não temos sintomas”.

John Brandt Brodersen: "Estamos a medicar cada vez mais pessoas e a diluir cada vez mais a fronteira sobre o que é doença ou natureza humana…".

Rui Diogo, Investigador premiado e escritor, painel “Porque devem encontrar-se urgentemente a sabedoria dos antigos e a ciência moderna?”
“Os Tsimani, povo da Amazónia boliviana têm os corações mais saudáveis do mundo, se calhar há algo que fazem lá, no seu modo de vida que poderíamos aprender.”
“Quanto mais dinheiro temos pior comemos.”
“Tirar as pessoas da floresta é como tirar os ursos, desequilibra o ecossistema.”
“No Japão há idosos a cometer crimes para serem presos de modo não serem um peso na família, ou simplesmente, para não morrerem sozinhos em casa.”

Professor Carlos Gonçalo das Neves: “Beneficiamos da Europa, da mais segura cadeia alimentar do mundo, mas isso também nos dá uma perspetiva sobre os principais desafios a ter em conta: as alterações climáticas estão a acontecer e isso tem impacto nos alimentos”.

CMC | FH | JM

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0