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Conferências do Estoril 2023 | Uma primeira manhã inspiradora

Uma manhã inspiradora. Assim se pode definir o que aconteceu na Nova SBE, em Carcavelos, na primeira parte das Conferências do Estoril 2023.

Entre os oradores que passaram pelo palco do Hovione, houve desafios para que os jovens “olhem para fora da Europa” porque “há desafios incríveis em África”, como referiu Cristina Duarte, sub-secretária geral e conselheira especial sobre assuntos africanos para o Secretário-Geral das Nações Unidas.

Mas houve também apelos para a “destaxação” do emprego e valorização das pessoas, como salientou Luís Cabral, Professor, NYU Stern, apelando: “Precisamos desesperadamente de um novo contrato social”.

Por seu lado, Karim Lakhani, Professor, Harvard Business School, identificou um paradoxo entre a audiência: “Quantos de vós usam inteligência artificial? Muitos. Quantos de vós usam a IA no vosso trabalho diariamente? Poucos, sobretudo jovens. Quantos de vós acreditam que a solução para os problemas passa por usar mais a IA? Muitos”. E deixou a sugestão: Usei a IA como um co-piloto!”

Erden Eruç, Avntureiro ambientalista colocou a tónica no plástico: “Quando eu era pequeno o plástico estava a surgir. Hoje produzimos mais de 400 mil toneladas de plástico. Temos de mudar este comportamento”.
Miguel Stilwell d’Andrade, CEO, EDP, apelou ao compromisso de todos a bem do planeta: “A descarbonização não vai ser fácil, vai ser uma viagem acidentada, mas isso mostra o poder do que as pessoas podem fazer quando realmente se comprometem” e lembrou que “é preciso investir para deixarmos de usar combustíveis fósseis”.

Harry Bowcott, Socio maioritário da McKinsey & Company defendeu que “temos de desenhar uma fórmula para o sucesso, transformar os nossos clientes em investidores. Será um modelo operacional sem precedentes.”

Alexandra Palt, CEO da Foundation L’Oréal, lançou o desafio de conhecer melhor as sociedades onde trabalhamos e de encontrar coragem para uma liderança mais genuína: “A sinceridade e autenticidade são fundamentais para mim. Temos de ser capazes de dizer que não conhecemos tudo, mas temos de tomar responsabilidade pelas decisões que tomamos. É uma questão de legitimidade que exige coragem”.
A mais jovem oradora da manhã, Sameera Chukkapalli Holmes, da Fundação Obama, que mudou a sua vida ao desenhar e construi casas  não para pessoas, mas com as pessoas, apelou a que seja dada “voz aos dos jovens líderes. É assim que começamos”.

Mas foi Tânia Trindade, presidente da ASBL-ONGD Bana Congo que arrancou do público o mais ruidoso e longo aplauso da manhã. Queria ser maestrina, mas formou-se em engenharia aeroespacial e depois em música. Trocou Portugal pelo Congo, onde nasceu antes da descolonização e hoje, em Kinshasa, apoia 6.000 crianças que sofrem de má nutrição. Na conversa inspiradora que protagonizou esta manhã nas Conferências do Estoril, chegou a arrancar lágrimas de emoção e defende: “Podemos fazer a diferença aos poucos”. Graças ao seu projeto Bana Congo, "as pessoas que eram desprezadas na RD do Congo passaram a ser importantes", garante. Tânia terminou a sua conversa inspiradora com a sua interpretação, a quatro mãos, ao piano com Mário Laginha, de um dos temas originais criados por si para a ONG Bana Congo.

Mário Laginha encerrou a manhã, ao piano.

Criadas em 2009, com seis poderosas edições, as Conferências do Estoril que decorrem hoje e amanhã, 1 e 2 de setembro, procuram envolver uma multiplicidade de lideranças de alto nível a nível político, empresarial, académico e da sociedade civil, inspirando as novas gerações a, em conjunto, encontrarem possíveis soluções para os nossos desafios comuns.

 

CMC | FH

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