Cascais reúne Conselho Municipal de Segurança

Numa manhã em que voltámos a despertar sob os efeitos da chuva persistente e intensa, coincidente com a preia-mar que motivou inundações em pontos historicamente críticos, o Conselho Municipal de Segurança reuniu-se para analisar e discutir o trabalho efetuado pelas diferentes forças e serviços de segurança, em áreas como a criminalidade, ordem pública, delinquência juvenil ou violência doméstica.

No auditório da Casa das Histórias Paula Rego, o presidente da Câmara Municipal de Cascais e presidente do Conselho Municipal de Segurança, Carlos Carreiras, procedeu à abertura da reunião, relembrando que esta ocorreu em condições particulares, devido ao temporal se fez sentir no município. “A situação em Cascais não foi tão grave quando comparada com outros concelhos vizinhos, mas ainda assim tivemos uma série de ocorrências que têm estado a ser resolvidas pelas várias equipas que temos no terreno”, afirmou.

O presidente do município cascalense iniciou a reunião do Conselho Municipal, mas não se manteve até ao final da mesma, uma vez que foi necessária a sua presença nos locais do concelho que ainda apresentavam situações mais delicadas, decorrentes da forte precipitação. No entanto, e durante a sua intervenção, Carlos Carreiras fez um balanço relativo a várias questões de segurança no município.

“Do que diz respeito à Câmara Municipal de Cascais, temos vindo a assistir a todo o evoluir da questão da segurança no concelho. Tendo em conta os vários dados que possuímos, podemos tirar algumas conclusões sobre áreas que nos continuam a preocupar. A Delinquência Juvenil, por exemplo, continua a acentuar-se, com muitos jovens a manifestarem-se portadores de armas, nomeadamente de armas brancas”, referiu Carlos Carreiras.

Outro dos problemas existentes no concelho é o da violência doméstica. “Embora tenha havido uma pequena redução, ainda há um elevando número de casos de violência doméstica. Em 2021, tivemos 26.520 participações, mas esta é só a ponta do icebergue, pois o volume de casos deverá ser maior. Há muitas pessoas que não participam os casos. Apela-se a pessoas que forem conhecedoras deste tipo de situações, que as denunciem, pois ao não o fazerem estão a tornar-se cúmplices deste grande problema social. Esta é das situações que pontuamos como mais graves no nosso concelho”, ressalvou Carlos Carreiras.

A segurança dos cidadãos nas ruas de Cascais também está a ser tida em conta. Segundo o presidente do município, “está a avançar a questão do CCTV (Closed-Circuit Television - Circuito Fechado de Televisão) em espaço público, em que todos os locais a serem vigiados por câmaras foram selecionados pelas forças de segurança. Agora estamos a aguardar a legalização e certificação por parte do Ministério da Administração Interna e da CNPD – Comissão Nacional de Proteção de Dados. Vai-se avançar com um concurso público para a aquisição das câmaras de videovigilância”. Esta medida acontece, também, no âmbito da articulação que a Câmara Municipal de Cascais tem feito com o Ministério da Administração Interna, no que diz respeito ao desenvolvimento do Contrato Local de Segurança (CLS).

A finalizar a sua intervenção, Carlos Carreiras destacou ainda o importante apoio complementar que a Polícia Municipal tem dado às forças de segurança do concelho, como PSP, GNR, SEF, ASAE e Autoridade Tributária, no desenvolvimento de várias ações em conjunto com estas entidades.

Sobre o Conselho Municipal de Segurança

O Conselho Municipal de Segurança de Cascais é uma entidade de âmbito municipal, com funções de natureza consultiva, que visa promover a articulação, a coordenação, a troca de informações e a cooperação entre entidades que, na área do Município de Cascais, têm intervenção ou estão envolvidas na prevenção e na garantia da inserção social e da segurança e tranquilidade das populações.