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Cascais aumenta valor das refeições escolares em 63,4%

A partir deste ano letivo as refeições escolares em Cascais passam a incluir obrigatoriamente carne de “categoria talho” como bifes de alcatra, pojadouro e vazia e “peixe nobre” como pescada n.º 5, lombo de cherne, salmão ou bacalhau crescido. São as disposições do novo concurso para a prestação deste serviço.

A partir de 17 de setembro, os alunos dos 35 Jardins de Infância e Escolas de 1º Ciclo passam a usufruir de um serviço de refeições com melhor qualidade e com um preço de € 2,02 + IVA por refeição. Um aumento de 63,4% face ao preço até agora em vigor.

O aumento do valor por refeição de €1,28 para €2,02, será suportado integralmente pela Câmara Municipal de Cascais, não existindo qualquer alteração do preço que os encarregados de educação pagam por cada refeição dos seus educandos.

“Partimos do reconhecimento de que, por maiores que fossem os esforços das empresas, os índices de qualidade que pretendemos nas refeições das nossas crianças não eram atingidos com requisitos impostos centralmente e que conduziam a uma sobreposição do fator preço sobre a qualidade. É irrelevante saber de quem é a responsabilidade. Porque as pessoas, sobretudo as crianças, são sempre da nossa responsabilidade”, assinala o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. “Em Cascais não precisamos de esperar por envelopes financeiros para atuar. As necessidades das crianças não podem estar reféns da tática política.”

Com mais de 1.100.000 refeições servidas ao longo do ano letivo (cerca de 6.200 por dia) as escolas do Ensino Pré-escolar e 1.º ciclo do concelho garantem almoços a 95% da população escolar. Em Cascais existe ainda o serviço de lanches escolares que são servidos a 55% da população escolar. “Com tal responsabilidade é fundamental garantir a qualidade”, explica Frederico Pinho de Almeida, vereador da Educação que ao longo do ano letivo 2017-2018, levou à Assembleia da República uma petição para denunciar as fragilidades da legislação na matéria. “Permitem-se situações em que quem ganha os concursos não tem condições para prestar o serviço. Isso é intolerável!”

Por isso mesmo, Cascais decidiu inovar e lançou um novo concurso em que impôs como critérios decisivos a melhoria dos recursos humanos da entidade prestadora do serviço e da qualidade da matéria-prima das refeições escolares. Em relação ao existente até aqui, a empresa vencedora – a ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana S.A – vai ter de aumentar em 10% de colaboradores, incluindo cozinheiros-chefe (categoria máxima) nos polos de confeção e cozinhas com mais de 150 refeições. Ao todo, as equipas vão ter de trabalhar mais 30% do tempo anteriormente despendido para prestação deste serviço.

Para garantir maior qualidade dos pratos servidos, e além das imposições do Ministério da Educação, o município de Cascais, impede o uso de fécula de batata nas sopas e obriga à utilização de azeite virgem na confeção e virgem extra no tempero de alimentos crus. O prato principal que terá alternar entre carne (3 dias) e peixe (2), (sem repetições na mesma semana), terá de incluir carne de “categoria talho” como bifes de alcatra, pojadouro e vazia (duas vezes por semana) e “peixe nobre” como pescada n.º 5, lombo de cherne, salmão ou bacalhau crescido (uma vez por semana). Está também pensada a opçção vegetariana.

Obrigatório é ainda incluir diariamente duas variedades de hortícolas a acompanhar o prato principal. “Continuaremos a ser intransigentes no cumprimento do caderno de encargos. Na eventualidade de existir algum incumprimento aplicaremos as multas/sanções previstas, tal como fizemos no último ano letivo, antecipa o vereador da Educação do Município de Cascais.

A Itau ganhou com o preço mínimo exigido (2,02€), apresentando uma Ementa e um quadro de pessoal acima do mínimo exigido. Sendo que a ordem de classificação foi a seguinte:

1º lugar – ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana S.A

2º lugar –GERTAL – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação S.A

3.º lugar –UNISELF – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados S.A

4.º lugar –EUREST Portugal – Sociedade Europeia de Restaurantes Lda

5.º lugar –ICA – Indústria e Comércio Alimentar S.A

 

Cascais Digital

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