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Casa das Histórias com nova exposição

Nova exposição revela o processo criativo de Paula Rego

A Casa das Histórias Paula Rego inaugurou, esta quinta-feira, 13 de julho, a exposição “Paula Rego: Mudam-se as histórias, mudam-se os estilos”, composta por mais de cem obras, sobre o processo criativo da artista portuguesa.

A exposição, comissariada pela curadora e coordenadora da programação e conservação da Casa das Histórias Paula Rego, Catarina Alfaro, apresenta pinturas e desenhos, sobre diferentes suportes, e também colagens, tapeçaria, serigrafias, água-forte e água-tinta, além de 18 estudos em tinta-da-china, para algumas das pinturas que Paula Rego viria a realizar mais tarde. Uma mostra imperdível para quem quer ficar a conhecer melhor o processo criativo de Paula Rego ao longo de sete décadas, evidenciando como foi capaz de construir um território figurativo único e pessoal, onde as histórias funcionam, desde as suas primeiras criações, como verdadeiras estruturas realistas.

“Noite” (1954), “Batalha de Alcácer-Quibir” (1966), “O cerco” (1976), “Os Amantes” (1982), “Madame Butterfly” (c. 1985), “Branca de Neve no cavalo do Príncipe”, (1995), “Príncipe Porco e a sua primeira noiva” (2006) são algumas das obras expostas, que provêm da Coleção da Câmara Municipal de Cascais - Fundação D. Luís I - Casa das Histórias Paula Rego, e também de coleções privadas nacionais. Estas obras “evidenciam a personalidade insubmissa de Paula Rego e a sua determinação por uma expressão artística livre de amarras e convenções, que a levaram a uma redefinição constante da sua linguagem figurativa e à criação de telas composicionalmente complexas, que abrangem contextos narrativos e inspirações muitíssimo diversificados”, afirma Catarina Alfaro.

" Esta exposição contempla muitas obras que nos têm sido entregues para depósito. Isto significa que todos aqueles que auguraram o fim da Casa das Histórias estavam manifestamente enganados. Temos tido cada vez mais particulares que têm procurado esta Casa-museu para deixarem as obras de Paula Rego à nossa guarda", afirmou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, referindo-se ao facto de esta mostra incluir "muitas obras que desconhecia e mesmo os conhecedores da obra da artista ficarão surpreendidos com algumas delas", acrescentando que " estas obras vêm enriquecer o nosso acervo e fazer jus ao cumprir o respeito pela memória de Paula Rego".  

A conservadora da Casa das Histórias recorda que “as décadas de 1960 e 1970, dentro do panorama da obra de Paula Rego, são caracterizadas pela exploração de práticas experimentais, que estarão na origem da construção do seu universo simbólico particular”. Na mesma época, “Paula Rego reclama a sua autonomia perante os movimentos artísticos do seu tempo, uma especificidade que a sua obra manteria até ao final”, acrescentou a curadora.

Nos anos 1980, “esse sentido de liberdade em relação às convenções impostas ao modo de ‘fazer arte’ intensificar-se-ia, resultando numa reformulação do seu processo criativo e no estabelecimento de uma linguagem visual radicalmente nova, para contar as suas histórias através da pintura”, esclarece, ainda, a coordenadora da programação da Casa-Museu. 

A partir da década de 1990, o método de trabalho de Paula Rego “tornar-se-ia paulatinamente ainda mais complexo e arrojado, com o uso de modelos vivos ou bonecos tridimensionais, rigorosamente vestidos e posicionados entre objetos e adereços para construir a história e compor tatilmente a cena a ser transportada para a tela”, concluiu Catarina Alfaro.

“Mudam-se as histórias, mudam-se os estilos”, uma iniciativa da Fundação Luís I e da Câmara Municipal de Cascais, no âmbito da programação do Bairro dos Museus, estará patente de até  31 de março de 2024.

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