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Arqueologia Subaquática em Cascais faz história

Protocolo assinado em Cascais é inédito na investigação e valorização do património cultural subaquático.

“Trata-se de juntar a Academia do Saber com a Academia do Fazer”, disse Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, na cerimónia de assinatura do Protocolo de Cooperação no âmbito da Investigação histórica e valorização do património cultural subaquático.

Este protocolo, que junta entidades como a Marinha Portuguesa, a Autoridade Marítima Portuguesa, a Direção Geral do Património Cultural, a Câmara Municipal de Cascais, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, foi pensado há um ano, durante a apresentação da descoberta dos despojos do naufrágio daquilo que se supõe ser uma Nau da Carreira das Índias de finais do Século XVI, princípios do Século XVII, designado por Bugio 2, pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC).

Como referiria António Fialho, arqueólogo subaquático da autarquia, “estamos a falar de uma das zonas de naufrágios mais ricas em todo o Mundo pelo que, conseguir congregar todas estas instituições com autoridade tanto na área do estudo e investigação, como na área da salvaguarda deste património descoberto, tem uma importância fundamental e é pioneiro na área da arqueologia subaquática”.

O Contra-Almirante Mário José Simões Marques sinalizou a “grande abrangência da participação da Marinha” - instituição que representou na assinatura deste protocolo -, que “para além do já de si importante suporte relacionado com a fiscalização dos espaços e apoio com os meios necessários para a intervenção no meio aquático, propõe-se participar também no estudo dos despojos daquilo que poderá ser uma Nau da Carreira das Índias do início do século XVII, bem como de todo o imenso potencial que jaz oculto sob as areias do cachopo sul, antevendo-se aqui um imenso manancial científico que importa salvaguardar e estudar de forma consciente e cuidada”, disse.

Em representação da Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o Prof. Doutor Francisco José Gomes Caramelo, diretor daquela faculdade, salientou a “relação privilegiada que a instituição mantém com a Câmara Municipal de Cascais”.

“A valorização desse Património Subaquático é uma riqueza indiscutível e urge aprofundar, descobrir, tratar e preservar”, disse o diretor da FCSH, assegurando que a Academia quer “estar à altura e preparada para levar por diante essa missão através dos especialistas, da preparação técnica, através do centro de humanidades”.

O Prof. Doutor Francisco Caramelo realçou a importância de juntar num protocolo, aquelas entidades que o subscreveram porque “de todas as entidades representadas nenhuma sozinha fará o que deve ser feito, todas em conjunto farão mais e melhor”, concluiu.

A Arquiteta Paula Araújo da Silva, Diretora Geral da Direção Geral do Património Cultural sustentou que a DGPC “só poderia aceitar o desafio para se associar ao progresso de um projeto em torno do património Cultural subaquático”, anunciando para o primeiro trimestre do próximo ano a entrada em funcionamento do Laboratório de Conservação e Restauro do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática”, nas novas instalações em Xabregas.

Este Laboratório, “atualmente dotado de valências tecnológicas únicas em torno do território nacional, especializado no tratamento de materiais arqueológicos provenientes de meio húmido e encharcado, é o serviço identitário do Centro de Arqueologia Náutica e Subaquática da DGPC, cuja participação ativa no desenvolvimento da investigação em torno da descoberta deste património é inevitável”, disse.

Subscreveu ainda este protocolo o Contra-Almirante Fernando Jorge Ferreira Seuanes em representação da Autoridade Marítima Nacional.

 

Cascais Digital

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