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5.º Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos - Sessão de abertura
“A participação não pode depender do local onde o cidadão reside”. Este será talvez o grande objetivo para os próximos 20 anos de Orçamento Participativo em Portugal, Espanha e, quem sabe, no resto do mundo. Um voto feito esta manhã na apresentação do livro “Duas décadas de orçamentos participativos em Portugal”, por Nelson Dias, da Oficina de Planeamento e Participação, no âmbito do painel “Duas décadas de orçamentos participativos em Portugal e Espanha”, que co-apresentou com Francisco Francés, da Universidade de Alicante, Espanha.
O arranque do segundo dia do 5.º Encontro Ibérico de OP, a decorrer na NovaSBE, em Carcavelos, teve lugar com a Sessão de Abertura que contou com a participação de representantes da Rede de Autarquias Participativas, Observatório Internacional de Democracia Participativa e do presidente da Câmara Municipal de Cascais.
“Temos de chamar os cidadãos a participar cada vez mais, o que tem grandes vantagens para os municípios: o nosso negócio são os votos e a democracia participativa e colaborativa geram mais votos, porque as pessoas, mesmo que não gostem de política, reveem-se mais na vida pública e votam mais. É o lema que temos em Cascais: tudo começa nas pessoas. Sem isso nada mais faz sentido”, disse o autarca.
Ainda durante a manhã, Joana Balsemão, vereadora da Cidadania e Participação na CM Cascais, e Nuno Garoupa, da Universidade de Mason, EUA, debateram sobre porque participam, ou não os cidadãos. Numa viagem sobre taxas de abstenção e ferramentas de participação, Joana Balsemão concluiu que “a um nível mais micro, das cidades, é possível mudar, com medidas de participação, aproveitando o sentimento de pertença.”
O 5.º Encontro Ibérico de OP decorre de 19 a 21 de outubro reunindo mais de 160 representantes de autarquias portuguesas e espanholas e outros parceiros para partilha e debate sobre práticas de participação a nível ibérico.
CMC/FH/LB/FC/RP
